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Representações contra deputado caem
DA AGÊNCIA FOLHA
Duas representações contra o
deputado Inocêncio Oliveira
(PFL-PE) pela acusação de uso de
trabalho escravo foram arquivadas devido às manifestações de
dois ex-ministros do Trabalho,
Francisco Dornelles e Paulo Jobim. A informação é de João Agripino, advogado de Inocêncio.
Uma blitz do Ministério do Trabalho localizou, em março de
2002, 58 pessoas em regime análogo à escravidão em fazenda que
pertencia ao deputado. O procurador da República Celso Três entrou com representação na Corregedoria da Câmara dos Deputados pedindo a cassação de Inocêncio. A Procuradoria Federal
do Trabalho também protocolou
representação contra o deputado.
No dia em que a notícia da fiscalização foi publicada, Dornelles
divulgou nota afirmando que a
fiscalização "não encontrou" na
fazenda "elementos que caracterizassem a existência de trabalho
escravo". Na ocasião das representações, o ministro Paulo Jobim, substituto de Dornelles, reafirmou a posição do ex-ministro.
"As representações já foram arquivadas pela Mesa da Câmara
dos Deputados e pelo procurador-geral da República, Geraldo
Brindeiro", disse o advogado. Segundo ele, o arquivamento foi
motivado por "insuficiência de
provas" e "porque havia no processo, nos documentos que o deputado juntou, declaração expressa de dois ministros do Trabalho de que não haviam sido
constatadas irregularidades".
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