São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 2007

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Foco

Presidente ouve risos após trocar nome de empreiteira pelo de Galvão Bueno

Bruno Miranda/Folha Imagem
Ao lado de Jaques Wagner, Lula fala com trabalhadores da unidade de exploração de gás da Petrobras em São Francisco do Conde


DO ENVIADO A SÃO FRANCISCO DO CONDE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FEIRA DE SANTANA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ontem nova demonstração de ser um orador que dispensa fichas do cerimonial, até mesmo aquelas com nomes de personalidades e empresas. Assim, sem querer, acabou prestando uma homenagem ao locutor esportivo Galvão Bueno, da TV Globo.
"Então, meu caro José Sérgio Gabrielli [presidente da Petrobras], meus caros companheiros diretores da Petrobras, meus caros diretores da Galvão Bueno, trabalhadores...", disse Lula, até ser interrompido pelas gargalhadas da platéia e das autoridades que dividiam com ele o palco.
Em seguida, Lula fez a correção: "da Queiroz Galvão". A tradicional empreiteira participou da obra na Bahia. O próprio presidente chegou a sorrir, mas depois demonstrou alguma irritação porque as gargalhadas se prolongaram.
Antes da "homenagem" a Galvão, Lula havia dito que o Brasil fabricará carros movidos a biodiesel e que dos escapamentos sairá "um cheiro de batata frita" quando o motor estiver ligado.
Outra frase do presidente que instigou a audiência foi: "Não existe mágica na econômia, é seriedade. A mágica pode durar enquanto um palhaço está no circo".

Prefeito
Em outra situação constrangedora, desta vez na inauguração de uma fábrica da Nestlé em Feira de Santana (108 km de Salvador), Lula e o governador da Bahia, Jaques Wagner, ouviram o prefeito da cidade, José Ronaldo (PFL), creditar ao ex-governador Paulo Souto (PFL) os méritos pela instalação da fábrica.
O prefeito agradeceu ao presidente pelos investimentos realizados na Bahia, mas completou: "Agradeço ainda mais ao governador Paulo Souto pela inauguração da fábrica. Ninguém trabalhou mais para trazer esta unidade do que meu amigo Paulo Souto."
Constrangido, Wagner, que derrotou Souto na última eleição, reconheceu o trabalho do seu antecessor. "O governo passado trabalhou bem e trouxe a Nestlé para a Bahia. Eu apenas dei sorte de ganhar as eleições e participar da inauguração da fábrica." (JAB E LF)


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