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Paralisação provoca caos no aeroporto de Guarulhos
DA REPORTAGEM LOCAL
Em São Paulo, a greve dos agentes da Polícia Federal gerou caos
no aeroporto de Guarulhos. As
decolagens atrasaram mais de
uma hora e a fila de espera dos
passageiros de vôos internacionais chegou a sair do aeroporto.
Cerca de 7.500 pessoas foram afetadas pela operação, de acordo
com a Infraero.
O tempo de espera era de cerca
de três horas, segundo a Polícia
Federal. O administrador Levenir
Santana, porém, já contabilizava
quatro horas na fila e ainda temia
perder o vôo para Portugal, onde
mora. "Liguei às 11h para a Infraero e disseram que estava normal.
Deviam ter me avisado, tenho um
compromisso amanhã."
Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, o desembarque de vôos internacionais da
parte da manhã não teve problemas. As dificuldades surgiram a
partir das 14h, horário em que começaram a decolar as aeronaves
com destino internacional. Onze
vôos estavam previstos entre as
14h e as 17h. Mas apenas cinco haviam partido até as 17h30. O atraso era de cerca uma hora e meia.
Algumas empresas, como a
Lloyd Aéreo Boliviano, colocaram funcionários ao longo da fila
para avisar que nenhum vôo sairia antes que todos tivessem embarcado. Mas a maioria dos passageiros se queixava de desinformação. "Estou desesperada. No
check-in, só falaram para corrermos para a fila por causa da greve.
Não sei mais nada", disse a secretária Geane Cristina Sinésio, 25.
A Polícia Federal conta com dez
agentes no aeroporto. Como eles
não podem suspender o serviço,
realizaram uma operação padrão,
que consiste na checagem detalhada de cada passaporte.
Normalmente, apenas a fotografia e a data de validade do documento são checadas. A operação será realizada por um prazo
indefinido, segundo Francisco
Carlos Sabino, presidente do sindicato que representa os policiais
federais de São Paulo.
Passaportes
A emissão de passaportes também será afetada. Antes, o prazo
para a entrega do documento era
de cerca de 15 dias. Agora, apenas
30% dos agentes estão trabalhando, o que elevou o tempo de espera para cerca de 30 dias. Casos urgentes, porém, não serão prejudicados, segundo a assessoria de
imprensa da PF.
Além da delegacia de registro de
estrangeiros e emissão de passaportes, continuam funcionando a
delegacia de plantão da PF e o setor responsável pela custódia dos
presos. Nos demais setores, como
as delegacias de entorpecentes e a
de controle de armas, o trabalho
está sendo realizado apenas pelos
delegados. Todos os agentes da
instituição estão de greve.
(AMARÍLIS LAGE)
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