São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 2000


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PAINEL

Apoio tático

O presidenciável Ciro Gomes (PPS) defenderá no Congresso o parlamentarismo. Mas apenas para 2006. Já acertou com Rita Camata (PMDB-ES), presidente da comissão especial do parlamentarismo, um depoimento para depois da Páscoa.

Projeto alternativo

Ciro entende que o próximo presidente deva assumir com a obrigação de fazer a transição para o parlamentarismo. Antes de 2006, avalia que é golpe. Ele também baterá nas cláusulas de barreira. Considera que é a premeditação do continuísmo.

Próximo round
Líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima diz que a votação do salário mínimo está na mão de FHC. O PMDB vota pelos R$ 151, mas o Planalto deve levar o PFL a votar também. Ou seja: pefelistas têm de decidir se ficam com FHC ou ACM, que deseja mínimo de US$ 100.

Intimação

"O PMDB está disposto a pagar o desgaste de votar uma política de governo, como o salário mínimo de R$ 151, mas não verá os outros aliados desfrutarem apenas do bônus de ser poder. E somente o presidente pode resolver isso", diz Geddel.


Humor de caserna

Geraldo Quintão (Defesa) ganhou um apelido de seus comandados: "General Tampinha". Pura maldade. O ministro mede mais de 1,70m.

Desgaste político

De Mercadante, líder do PT na Câmara, sobre o governo pensar em adiar a votação da medida provisória do salário mínimo de R$ 151 e reeditar a MP até a poeira baixar: ""O Congresso vota o projeto do mínimo. Se não for aprovado o valor que FHC deseja, que tenha a coragem de assumir sua decisão e vete".

Fortaleza do atraso

Carlos Velloso (STF) queria abolir a proibição de mulheres não poderem usar calças compridas nas dependências do tribunal. Só vestido e saia são permitidos. Foi desaconselhado.


Punhais paulistanos

A tropa de choque do prefeito de São Paulo, Celso Pitta, já esteve mais unida. O secretário Guto Meinberg (Governo) se queixou a amigos de estar pagando por coisas que foram decididas em conjunto com o seu chefe.

Plano federal 1

Esquecida pelo "Avança Brasil", a chamada Amazônia oriental, que compreende a região que vai de Manaus a Belém, está entre as prioridades de Alcides Tápias (Desenvolvimento). O ministro, que vai à região na quarta, planeja fazer lá uma obra orçada em R$ 5 bilhões.

Plano federal 2

A intenção de Tápias é estender o gasoduto que hoje liga Urucu (Amazônia ocidental) a Manaus até a região de Carajás, onde seriam construídas usinas termelétricas. O gás substituiria as hidrelétricas de Tucuruí como matriz energética para abastecer as mineradoras. Resta saber de onde virá o dinheiro.

Fogo tucano

"São Paulo não pode ficar entre o PT 1 e o PT 2", diz o vice-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato a prefeito. A frase sintetiza a estratégia do PSDB: jogar Erundina (PSB) e Marta (PT) numa só canoa e insistir em vender Alckmin como a alternativa a Maluf e ao petismo.

Mais pedágio

O PTB federal entrou na linha e avisou Alckmin que a aliança na eleição paulistana depende do aval da Executiva Nacional. O tucano vinha negociando com o diretório estadual.

Agora é covardia

Comentário brasiliense: "Não foi um ato de coragem o senador Jader (PMDB) ter enfrentado ACM. Até o corajoso FHC já havia decidido peitar o senadore mostrar que seu poder não é do tamanho que imagina".

Tempo quente

MST e ONGs indígenas estão querendo colocar mosca na sopa da comemoração dos 500 anos, em Porto Seguro, neste mês. Preparada para ser um evento chapa branca, a festividade contará com protestos e uma ""celebração alternativa".

TIROTEIO

Do governador César Borges (BA), sobre o confronto entre ACM e Jader Barbalho:
- ACM colocou Jader no seu devido lugar: o de uma figura menor da política nacional.

CONTRAPONTO

Ecologia mística
A Fundação Milton Campos, vinculada ao PPB, fez recentemente um seminário sobre a transposição das águas do rio São Francisco.
Na presidência, o ex-senador Jarbas Passarinho (PPB-PA). Entre os debatedores, Sarney Filho (Meio Ambiente), filho do ex-presidente e atual senador José Sarney (PMDB-AP).
Durante os debates, Jarbas Passarinho contou que conhecera o ministro ainda menino, levado pelo Sarney pai em visitas à sua casa.
- Ele gostava de brincar com um jacaré empalhado que eu tinha na minha sala - entregou Passarinho.
- Mas eu joguei fora o jacaré, a pedido do Sarney - prosseguiu.
Sarney Filho acabou se animando:
- Está vendo, as minhas convicções ecológicas vêm desde a infância!
Passarinho tratou de jogar um balde de água fria na alegria do ministro:
- Não, foi superstição mesmo. Seu pai disse que bicho empalhado dava azar!


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