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"Eles querem dar
calote", diz credor
da Reportagem Local
Os advogados dos proprietários
de terras desapropriadas acusam
o governo paulista de estar inventando acusações para adiar os pagamentos devidos.
"Esses procuradores é que são
criminosos. Tiveram anos para
argumentar o que quisessem no
tribunal e agora que as decisões
judiciais já foram tomadas, inventam essa história de fraude. Eles
querem dar calote", afirma José
Mário Pimentel de Assis Moura,
presidente da Associação dos Advogados dos Credores da Administração Pública (Abracap).
Assis Moura é advogado do precatório ambiental mais antigo do
Estado, o da Sociedade Agro-industrial Vale do Rio Manso. Desapropriada em 1979, a Rio Manso
foi negociada em oito parcelas.
Sete delas foram quitadas, mas
ainda está pendente a última (de
R$ 40 milhões, segundo os proprietários, e R$ 8 milhões, de
acordo com a reavaliação do governo paulista).
No ano passado, 19 anos depois
da primeira perícia, o governo
paulista apresentou um laudo dizendo que houve superfaturamento no levantamento florestal.
OAB
"É um absurdo. O governo acha
que é o magistrado da decisão judicial e que pode cumprir apenas
as sentenças que lhe forem convenientes", afirmou o presidente da
Comissão de Precatórios da seccional paulista da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), Edmo
João Gela.
Para ele, o governo paulista está
adiando os pagamentos à esperava da aprovação de uma emenda
constitucional que permita o parcelamento em até dez anos do pagamento de todos os precatórios
do país.
A emenda do deputado federal
Luciano Castro (PFL-RR) é apadrinhada pelo presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães, e virou consenso entre os líderes partidários.
Sofreu modificações periféricas
no Senado e será votada pela segunda vez pela Câmara nas próximas semanas. Se for aprovada, os
Estados e principalmente as prefeituras poderão renegociar seus
débitos em posição de vantagem.
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