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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
A união faz a força
Os partidos do chamado "bloquinho" da Câmara
(PSB, PC do B e PDT) decidiram estender a integração aos ministérios que cada um deles ocupa. A idéia é
repartir os espaços nas pastas entre as três legendas a
fim de fortalecer o grupo diante do poderio conquistado por PT e PMDB com a reforma ministerial.
Os principais alvos são postos no Ministério do Trabalho e na futura Secretaria de Portos, que ainda não
foi criada. Haverá, no entanto, reserva de mercado para o partido que encabeça a pasta. A bancada do PDT,
por exemplo, já pediu ao ministro Carlos Lupi a garantia de que terá a titularidade de todos os cargos das
DRTs (Delegacias Regionais do Trabalho) nos 12 Estados em que a sigla conseguiu eleger deputados.
Isolado. Miro Teixeira (RJ)
continua agindo como estranho no ninho do PDT. Na votação da medida provisória
que acabou com contratações
temporárias nas agências reguladoras, semana passada,
apresentou emenda contrária
à orientação do governo. Só
três colegas o seguiram.
Turbo. A ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) prometeu a Pedro Brito que a nova
Secretaria de Portos englobará a área de hidrovias, hoje a
cargo do Dnit, jóia da coroa do
PR nos Transportes. Titular
da pasta, Alfredo Nascimento
tenta evitar mais essa baixa.
Novela. Lula admitiu ao senador Inácio Arruda (PC do
B-CE) que está difícil fechar
acordo para que a Petrobras
forneça gás à usina siderúrgica do pólo de Pecém, fator de
crise entre o governo e aliados
no Estado. "Vamos ter de dar
um jeito", disse o presidente.
Media training. O ministro Waldir Pires (Defesa), o
comandante da Aeronáutica,
Juniti Saito, e o presidente da
Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, passaram todo o
dia de ontem se preparando
para a audiência de hoje no
Senado sobre o apagão aéreo.
Em casa. Jorge Viana, tratado como "curinga" de Lula
durante todo o período pré-reforma ministerial, acaba de
assumir a presidência do Fórum de Desenvolvimento
Sustentável do Acre, que reúne ONGs e empresários do
Estado onde foi governador
por dois mandatos.
Você aqui? A Páscoa uniu
em São Paulo o líder do
PMDB na Câmara, Henrique
Eduardo Alves, e a governadora Wilma de Faria (PSB),
adversários no Rio Grande do
Norte. Lado a lado na platéia
do musical "My Fair Lady",
trocaram acenos cordiais.
Área restrita. Após longa
negociação com o Ministério
Público, a Prefeitura de São
Paulo assinou um "termo de
ajustamento de conduta" no
qual se compromete a autorizar a realização de apenas três
eventos anuais na Avenida
Paulista: a corrida de São Silvestre, o Réveillon e a Parada
do Orgulho GLBT.
Tropical. O Ibama autorizou os funcionários do órgão
que trabalham no Rio a usar
bermudas no horário de expediente, tudo por conta das
"condições climáticas" da cidade. Mas alerta: "É vedado o
uso de "shorts", bermudas de
tecidos transparentes ou semitransparentes, roupas de
banho e chinelos de dedo".
Bololô. Apesar da determinação judicial, petistas da Assembléia paulista estão incertos quanto à viabilidade da
CPI da Nossa Caixa, já que o
pedido foi arquivado no final
da legislatura, em 15 de março. A fim de garantir sua instalação, vão começar a recolher
assinaturas para fazer nova
solicitação de investigação.
Às origens. O senador Delcídio Amaral (PT) comprou
briga com governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), depois que o
Estado decidiu aumentar de
27% para 29% o ICMS cobrado das empresas de telefonia
celular. "Agora vamos ter de
voltar a nos comunicar pelo
berrante pantaneiro", ironiza.
Tiroteio
"Do mensalão à nomeação. Oferecer cargo a
aliado às vésperas de uma CPI é prova de que o
governo Lula não mudou a prática, só o caixa".
Do deputado MENDES THAME (PSDB-SP) sobre o fato de Lula ter designado ministros para distribuir cargos do segundo escalão a aliados no
momento em que a CPI do Apagão Aéreo ronda o Congresso.
Contraponto
Saída de emergência
Lula e os comandantes da Forças Armadas se reuniram
no Planalto, há uma semana, para a solenidade de entrega
de espadas dos novos oficiais-generais.
Assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia
circulava discretamente pelo evento quando, abordado
por jornalistas, começou a falar com entusiasmo sobre a
viagem do presidente aos EUA, dias antes, para o encontro com George W. Bush em Camp David.
-Professor, ninguém quer falar de EUA. A gente quer
saber é da crise aérea -, interrompeu uma repórter.
-Crise aérea? Eu não sei de nada. Nesse assunto aí, eu
só entro como vítima!
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