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PREVIDÊNCIA
Petista nega alteração na reforma que jogue para os Estados tributação de inativos e cobra governadores sobre "pacto" com Lula
PT bancará Lula, diz Genoino sobre inativos
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O presidente nacional do PT, José Genoino, refutou ontem qualquer alteração na proposta de reforma da Previdência que jogue
para os Estados a decisão de tributar ou não os servidores inativos. Genoino disse que o PT vai
"bancar a palavra e a assinatura"
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no "pacto" que ele fez com
os governadores, dos quais cobrou a mesma atitude.
"Essa proposta não existe
[transferir para os Estados]. A
proposta de reforma da Previdência do presidente Lula, que o PT
está defendendo, é a proposta que
saiu da reunião dos governadores. Vou deixar muito claro aqui:
o que o presidente Lula assina o
PT banca. Não há como separar o
governo Lula do PT", disse ele em
Belo Horizonte, onde se reuniu
com integrantes do partido para
discutir as relações do PT-MG
com o governador Aécio Neves
(PSDB-MG) e as reformas.
Genoino cobrou dos governadores: "O que veremos no processo de votação é que os governadores, que têm um pacto com o presidente, que vamos cumprir, coloquem suas bancadas para votar a
reforma da Previdência".
Questionado sobre o real poder
dos governadores, já que as cúpulas do PFL e PSDB não admitem
adesão total às reformas, ele afirmou: "Se eles quiserem, podem
influenciar, claro que respeitando
a autonomia do Legislativo".
Mesmo dizendo que nenhuma
proposta apresentada pelo governo será retirada, Genoino deixou
uma porta aberta para eventuais
alterações, ao responder a Aécio,
que disse que o PT deve ser o
"grande fiador" do acordo para a
aprovação das reformas.
"O governador sabe que, assim
como foi negociado no Conselho
de Desenvolvimento Econômico
e Social e com os governadores,
será negociado no Congresso.
Mas o governo não está abrindo
mão de nenhum item."
O petista disse que o "acordo
institucional" que o governo fez
com a sociedade para aprovar as
reformas vai "se estender ao
PSDB e ao PFL". "Respeitamos
PFL e PSDB como oposição. Jamais vamos desqualificá-los com
adjetivos. Vamos negociar com
eles", disse, dando a entender que
o trunfo do PT para atrair PFL e
PSDB é mesmo os governadores.
Sobre o PMDB, ele disse que na
negociação política com o partido
"não está na agenda a questão de
ministério", mas que essa negociação dá ao governo "uma maioria sólida" no Congresso.
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