da Reportagem Local

Diretor-presidente do Instituto Del Picchia, o perito em análise de documentos Celso Mauro Ribeiro Del Picchia afirmou que "não há a mínima indicação" de que os papéis de campanha de Paulo Maluf (PPB) obtidos pela Folha possam ser "fabricados".
"Os recibos foram datilografados pelo mesmo datilógrafo e na mesma máquina. E as assinaturas foram feitas por pessoas diferentes", concluiu Del Picchia.
A pedido da Folha, o perito fez uma análise grafotécnica (das assinaturas) e mecanográfica (do tipo de máquina utilizada na elaboração dos documentos) dos recibos, planilhas e folhas de pagamento de funcionários de comitês eleitorais.
"Também existem indicações de que houve um espaço (de tempo) entre as assinaturas porque há pouca regularidade entre elas", afirmou Del Picchia.
Segundo o perito, as diferenças entre as assinaturas, por exemplo, de Antonio Arantes Júnior -que em algumas ocasiões assinou seu nome completo e em outras apenas Arantes Júnior- podem ser explicadas pela "tendência de simplificação" das pessoas. "Mas todas são do mesmo indivíduo."
Del Picchia já analisou, entre outros, documentos ligados ao impeachment de Fernando Collor. (PZ)



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