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Emenda pode não vigorar neste ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pressa do Congresso em
aprovar a emenda que irá recuperar 40% das 8.528 vagas de vereador cortadas pela Justiça Eleitoral
pode ser inútil, porque a emenda
já nascerá sob a dúvida de sua
aplicação às eleições deste ano.
Os ministros do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) irão se reunir
para responder a uma consulta
sobre a questão. Eles terão de interpretar um dispositivo da Constituição pelo qual as regras das
eleições precisam ser aprovadas
um ano antes para vigorar.
O presidente do TSE, Sepúlveda
Pertence, já avisou ao Congresso
que há dificuldades para mudar
em cima da hora o número de vereadores que serão eleitos, porque
a Justiça Eleitoral tem um cronograma a ser cumprido: o "ideal"
seria a promulgação da emenda
até hoje, início do prazo das convenções. O limite seria agosto.
Os ministros do TSE se reuniram anteontem à noite para calcular o número de vereadores de
cada cidade, conforme o critério
do cálculo fixado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). No início do ano, o Supremo criou um
critério de proporcionalidade no
julgamento de processos envolvendo dez cidades de São Paulo.
Em seguida, o TSE aprovou uma
resolução administrativa estendendo o cálculo a todas as 5.565
cidades do país. Por ela, o número
de cadeiras de vereador cairá de
60.276 para 51.748, com o corte de
8.528 vagas. O Congresso apressou-se então em aprovar a proposta de emenda que reduzirá essa perda para apenas 5.062 cadeiras.
(SILVANA DE FREITAS)
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