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Painel
Renata Lo Prete
@ - painel@uol.com.br
Respiro
Cansado de más notícias, Geraldo Alckmin recebeu
pelo menos uma boa às vésperas da convenção que
oficializará sua candidatura, amanhã em Belo Horizonte. Pesquisa encomendada pelo PSDB apontou
queda de Lula no Estado de São Paulo depois da quebradeira promovida pelo MLST na Câmara. O recuo
teria sido suficiente para recolocar o ex-governador
na dianteira em sua base eleitoral. O levantamento foi
feito por telefone, método que pode limitar a abrangência dos resultados (por dificuldade de atingir o
eleitor de renda mais baixa) mas por vezes se mostra
eficaz em antecipar tendências. Certos ou não, os tucanos depositam grande esperança no personagem
Bruno Maranhão como fator de desgaste para Lula.
Pensando bem. A Polícia Legislativa primeiro informou à Justiça Federal que
eram 499 os sem-terra presos.
À PF, disse que eram 491.
Quando os invasores da Câmara chegaram ao presídio da
Papuda, eram 582. O número
que consta do inquérito é 501.
Sorte grande. Gilberto Carvalho não foi o único do
entorno presidencial a escapar do relatório da CPI dos
Bingos. Também o advogado
Roberto Teixeira saiu da história sem ser indiciado.
Sumiu. Na primeira versão do relatório da CPI, Vladimir
Poleto tinha seu indiciamento pedido. No texto final, o relator apenas sugere o aprofundamento das investigações sobre o ex-assessor de
Antonio Palocci em três frentes: os dólares de Cuba, banco
Prosper e Serpros.
Entrelinhas. A CPI foi impedida pelo Supremo de usar
os sigilos de Roberto Carlos
Kurzweil. Mas examinou os
dados e deu o caminho das pedras para que a Receita Federal investigue o empresário,
acusado de ter conseguido a
doação de R$ 1 milhão de bingueiros angolanos para o PT.
Na academia. Aliança entre o PSB do deputado Júlio
Delgado e o PSDB do deputado Custódio Mattos tirou o
PT do comando da Universidade Federal de Juiz de Fora.
O candidato Inácio Delgado,
irmão deputado Paulo Delgado (PT), perdeu a eleição para
reitor. Venceu Henrique Duque, com apoio da oposição.
Na certa. Fernando Collor
(PRTB-AL) estará de volta às
urnas na eleição deste ano,
possivelmente como candidato a deputado federal. O partido entende que é a opção mais
segura. Em 2002, ele foi derrotado no primeiro turno para o governo do Estado.
Mão na massa. Depois
de se encontrar com Marta
Suplicy, Aloizio Mercadante
está procurando aliados da
ex-prefeita na tentativa de fechar as feridas da sua candidatura ao governo paulista.
Quem diria. Recentemente, Mercadante se reuniu com
o deputado estadual Cândido
Vaccarezza e com um grupo
de vereadores martistas. Um
petista que participou de um
dos encontros elogiou o senador: "Ele está até humilde".
Troco. O convite distribuído
pelo PT paulista para a convenção estadual de hoje traz
fotos de Lula, Mercadante e
Eduardo Suplicy, que tentará
se manter no Senado. Os dois
primeiros aparecem sorridentes. Já o senador está de
óculos, olhando de lado e com
a boca um tanto torta.
Vela para todos. Roberto Requião fechou com a candidatura Geraldo Alckmin
(PSDB), mas, sob sua tutela,
peemedebistas do Paraná, ao
lado do PTB, PC do B e de setores do PT, inauguram hoje
em Curitiba um comitê suprapartidário de apoio a Lula.
Barraco. O comitê Lula-Requião deixou em pé de guerra
o PT do Paraná. Presidente local da sigla, o deputado estadual André Vargas ameaça
negar legenda ao colega Natálio Stica, parlamentar que
apóia o espaço suprapartidário. Já Stica pediu intervenção da direção nacional.
Tiroteio
"Meu pavor é que Lula, ao ver o Brasil passar da
primeira fase, queira destituir o Parreira e
assumir a seleção só para ter o direito de
levantar a taça e dizer: "Esta Copa é minha".
Do senador HERÁCLITO FORTES (PFL-PI), comentando na tribuna as
manifestações do presidente da República sobre a seleção e, mais especificamente, sobre o alegado excesso de peso do jogador Ronaldo.
Contraponto
Sob medida
Em 1982, quando disputou sua primeira eleição, o petista João Paulo Cunha contava com o apoio do Sindicato
dos Químicos de São Paulo, então presidido por Jorge
Coelho. A entidade editava um jornal em formato tablóide
de ampla circulação na categoria.
Na festa de lançamento da campanha, Coelho foi abordado pelo pai de um amigo de João Paulo:
-Pego todos os dias quatro jornaizinhos lá no sindicato.
-Que bom! E o senhor distribui lá na fábrica? -, quis
saber Coelho.
-Não, é que o formato dele é igualzinho ao da gaiola do
meu passarinho. Uso como forro- respondeu o operário.
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