|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Denúncia da
Navalha deve
atingir 51 dos
investigados
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dos 52 políticos, servidores,
empresários e funcionários que
prestaram depoimento no inquérito relacionado à Operação
Navalha, somente o governador de Alagoas, Teotonio Vilela
Filho (PSDB), deve escapar do
rol de investigados que o Ministério Público Federal denunciará à Justiça.
Por conta do foro especial a
que têm direito dois dos prováveis indiciados -Jackson Lago
(PDT), governador do Maranhão, e Carlos Pinna de Assis,
presidente do Tribunal de Contas de Sergipe-, o Ministério
Público adotará a estratégia de
propor duas denúncias.
Uma delas será apresentada
ao STJ (Superior Tribunal de
Justiça), no qual todo o grupo
será acusado pelo crime de quadrilha. Trata-se de uma opção
técnica que levará o Ministério
Público a acusar neste foro
também os investigadores que
não têm foro especial.
Outra denúncia seguirá para
a Justiça Federal na Bahia, instância em que os demais investigados sem direito a foro responderão pela acusação de praticar os crimes de corrupção
ativa e passiva, prevaricação,
tráfico de influência, peculato
(desvio de dinheiro público),
entre outros.
Deve ficar para um segundo
momento a acusação pela prática do crime de fraude a licitações. O Ministério Público pretende aguardar que a CGU
(Controladoria Geral da União)
conclua auditoria sobre o conjunto das obras contratadas
com dinheiro público e executadas pela Gautama, empresa
por meio da qual as supostas
fraudes eram praticadas.
Segundo o ministro Jorge
Hage (CGU), já foram detectadas irregularidades em diversos convênios firmados com
Estados e municípios e em uma
obra federal, contratada pela
Infraero. Por determinação do
Tribunal de Contas da União,
contratos foram suspensos depois de constatada, com base
em análise técnica, a prática de
sobrepreço.
Texto Anterior: Jornalista diz que recebeu dinheiro vivo de lobista Próximo Texto: Juiz é suspeito de cobrar salário de funcionário Índice
|