São Paulo, domingo, 10 de junho de 2007

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Para magistrado, acusações são "inverídicas'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO

O vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Fernando José Marques, negou, por meio de sua assessoria, que ficasse com parte do salário do ex-chefe-de-gabinete Eledison Proença Botelho.
Em e-mail enviado à Folha pela assessoria do tribunal, Marques diz que "se afiguram inverídicas as afirmativas de que o dito funcionário [Eledison] devolveria parte de seu salário comissionado a mim ou a quem quer que fosse".
Segundo o juiz, as declarações "são conseqüência natural de quem se sente prejudicado ao ser destituído de função de confiança", o que teria ocorrido "a partir do momento em que deixou de ser depositário das expectativas de confiança que o cargo ocupado exigia".
Ainda conforme o e-mail, documentos e gravações "acaso encontrados bem refletem o fato de que o anterior vice-presidente [José Eduardo Carreira Alvim] estaria realmente montando dossiês contra colegas".
O juiz do TRF Alberto Nogueira, presidente do tribunal à época, disse à Folha não ter recebido carta em que Eledison denunciava o pagamento irregular. Segundo ele, só Marques o procurou. "[Marques] falou estar sendo vítima de chantagem ou coisa assim, que o cara [Eledison], espécie de "cobra", o estava ameaçando."
Segundo Nogueira, Marques disse que não aceitava chantagem. "Ele me pediu conselho e eu lhe perguntei se ele tinha alguma coisa [irregular]. Respondeu que não. Se não tinha nada [de errado], disse que "se tiver que falar, que fale"."
O advogado de Carreira Alvim, Luiz Guilherme Vieira, afirma que o processo está em segredo de Justiça e pediu ao STF a degravação de interceptações telefônicas e escutas ambientes. Disse que só depois disso e do laudo sobre o material se pronunciará. Fernanda Marques e João Carlos Guimarães não foram localizados.


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