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Para magistrado, acusações são "inverídicas'
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
O vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Fernando José Marques,
negou, por meio de sua assessoria, que ficasse com parte do salário do ex-chefe-de-gabinete
Eledison Proença Botelho.
Em e-mail enviado à Folha
pela assessoria do tribunal,
Marques diz que "se afiguram
inverídicas as afirmativas de
que o dito funcionário [Eledison] devolveria parte de seu salário comissionado a mim ou a
quem quer que fosse".
Segundo o juiz, as declarações "são conseqüência natural
de quem se sente prejudicado
ao ser destituído de função de
confiança", o que teria ocorrido
"a partir do momento em que
deixou de ser depositário das
expectativas de confiança que
o cargo ocupado exigia".
Ainda conforme o e-mail, documentos e gravações "acaso
encontrados bem refletem o fato de que o anterior vice-presidente [José Eduardo Carreira
Alvim] estaria realmente montando dossiês contra colegas".
O juiz do TRF Alberto Nogueira, presidente do tribunal à
época, disse à Folha não ter recebido carta em que Eledison
denunciava o pagamento irregular. Segundo ele, só Marques
o procurou. "[Marques] falou
estar sendo vítima de chantagem ou coisa assim, que o cara
[Eledison], espécie de "cobra", o
estava ameaçando."
Segundo Nogueira, Marques
disse que não aceitava chantagem. "Ele me pediu conselho e
eu lhe perguntei se ele tinha alguma coisa [irregular]. Respondeu que não. Se não tinha
nada [de errado], disse que "se
tiver que falar, que fale"."
O advogado de Carreira Alvim, Luiz Guilherme Vieira,
afirma que o processo está em
segredo de Justiça e pediu ao
STF a degravação de interceptações telefônicas e escutas
ambientes. Disse que só depois
disso e do laudo sobre o material se pronunciará. Fernanda
Marques e João Carlos Guimarães não foram localizados.
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