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PSDB diz confiar na governadora; DEM repensa a expulsão do vice
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A direção nacional do PSDB
disse ontem confiar na governadora do Rio Grande do Sul,
Yeda Crusius (PSDB), e que é
"deplorável" a atitude do vice,
Paulo Afonso Feijó (DEM), de
gravar e divulgar conversa com
o então chefe da Casa Civil Cézar Busatto (PPS), em que ele
admitia o uso de estatais para
financiar campanhas.
Os tucanos consideraram a
atitude de Feijó "traição" à governadora e pressionam o
DEM para que seja punido.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse
que o episódio é isolado e não
interfere nas relações dos partidos. Segundo ele, Yeda mostrará que não tem envolvimento com as denúncias. "A atitude
dele [Feijó] foi deplorável."
O secretário-geral do PSDB,
deputado Rodrigo de Castro
(MG), pediu posição "enérgica"
do DEM, ao considerar que
Feijó foi "antiético". "O PSDB
tem muita confiança em Yeda."
Os democratas, porém, recuaram da decisão inicial de expulsar Feijó, como propôs no
fim de semana o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), presidente do partido no
RS, passou o dia conversando
com congressistas para explicar as circunstâncias que levaram Feijó a fazer a gravação.
Fortes apresentará a proposta de expulsão amanhã, na reunião da Executiva Nacional,
mas disse aceitar discutir punição mais branda. Onyx disse
que sabia da gravação. "Ele foi
orientado por seus advogados a
gravar a conversa porque vinha
sendo assediado por Busatto."
"Vamos escolher um relator
para ouvir ponto e contraponto
e depois decidir", disse o senador José Agripino (DEM-RN).
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