São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2008

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Texto de convenção do DEM formaliza ruptura com PSDB

Para deixar uma brecha aos tucanos, DEM deixará com a Executiva a prerrogativa de incluir na coligação outro partido que venha a aderir

CATIA SEABRA
FERNANDO BARROS DE MELLO

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) repetir que está disposto a abrir mão da candidatura à reeleição em favor de um tucano, a ata da convenção do DEM e de seus aliados exclui o PSDB da chapa para as próximas eleições, formalizando a ruptura entre os dois partidos.
Em reunião na última sexta-feira, o DEM e seus aliados (PMDB, PR e PV) definiram um padrão de ata para suas convenções. Pelo modelo, a convenção do DEM oficializará o nome de Gilberto Kassab.
A vaga de vice na chapa será reservada ao PMDB ou a outro partido à escolha do DEM.
Para manter uma brecha para o PSDB, o DEM delegará à Executiva a prerrogativa de incluir na coligação outro partido que venha a aderir. Mas não na cabeça de chapa.
"Nossa ata já tem o nome de Kassab", disse o presidente do PMDB, Bebeto Haddad.
Para os que realizarem convenção antes do DEM -programada para sábado- há a alternativa de aprovar a candidatura democrata, sem nome.
Além da redação da ata, a produção de panfletos também reforça a idéia da candidatura Kassab. Será confeccionado um folheto com foto de Kassab e a inscrição: "para prefeito".
No verso, sua biografia. No domingo, sob orientação do coordenador de comunicação, José Maria Braga, Kassab até posou para fotos de campanha.
Ontem, em reunião com empresários, Kassab até fez a primeira promessa de campanha: inaugurar dez parques na zona leste do porte do Ibirapuera.

Serra em Brasília
A brecha aberta pelo DEM para o PSDB na chapa de Kassab parte da esperança na desistência ou derrota do ex-governador Geraldo Alckmin na convenção tucana.
Mas, apesar da resistência de kassabistas, o presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, disse a vereadores que o governador José Serra discorda da disputa na convenção. Ele advertiu para o risco de ficarem fora da chapa caso se oponham à candidatura própria. E garantiu que Alckmin manifestará apoio à candidatura de Serra em 2010.
Segundo tucanos, Serra e Alckmin se encontraram na semana passada. Mas, ontem, em Brasília, Serra afirmou ao presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), não ter condições de pedir que tucanos retirem a assinatura do documento que apresenta chapa contrária à de Alckmin. Serra alegou não poder se indispor com o aliado Kassab. O tucano defende um acordo entre os dois já no primeiro turno.


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