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Texto de convenção do DEM formaliza ruptura com PSDB
Para deixar uma brecha aos tucanos, DEM deixará com a Executiva a prerrogativa de incluir na coligação outro partido que venha a aderir
CATIA SEABRA
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de o prefeito de São
Paulo Gilberto Kassab (DEM)
repetir que está disposto a abrir
mão da candidatura à reeleição
em favor de um tucano, a ata da
convenção do DEM e de seus
aliados exclui o PSDB da chapa
para as próximas eleições, formalizando a ruptura entre os
dois partidos.
Em reunião na última sexta-feira, o DEM e seus aliados
(PMDB, PR e PV) definiram
um padrão de ata para suas
convenções. Pelo modelo, a
convenção do DEM oficializará
o nome de Gilberto Kassab.
A vaga de vice na chapa será
reservada ao PMDB ou a outro
partido à escolha do DEM.
Para manter uma brecha para o PSDB, o DEM delegará à
Executiva a prerrogativa de incluir na coligação outro partido
que venha a aderir. Mas não na
cabeça de chapa.
"Nossa ata já tem o nome de
Kassab", disse o presidente do
PMDB, Bebeto Haddad.
Para os que realizarem convenção antes do DEM -programada para sábado- há a alternativa de aprovar a candidatura democrata, sem nome.
Além da redação da ata, a
produção de panfletos também
reforça a idéia da candidatura
Kassab. Será confeccionado um
folheto com foto de Kassab e a
inscrição: "para prefeito".
No verso, sua biografia. No
domingo, sob orientação do
coordenador de comunicação,
José Maria Braga, Kassab até
posou para fotos de campanha.
Ontem, em reunião com empresários, Kassab até fez a primeira promessa de campanha:
inaugurar dez parques na zona
leste do porte do Ibirapuera.
Serra em Brasília
A brecha aberta pelo DEM
para o PSDB na chapa de Kassab parte da esperança na desistência ou derrota do ex-governador Geraldo Alckmin na convenção tucana.
Mas, apesar da resistência de
kassabistas, o presidente municipal do PSDB, José Henrique
Reis Lobo, disse a vereadores
que o governador José Serra
discorda da disputa na convenção. Ele advertiu para o risco de
ficarem fora da chapa caso se
oponham à candidatura própria. E garantiu que Alckmin
manifestará apoio à candidatura de Serra em 2010.
Segundo tucanos, Serra e
Alckmin se encontraram na semana passada. Mas, ontem, em
Brasília, Serra afirmou ao presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), não
ter condições de pedir que tucanos retirem a assinatura do
documento que apresenta chapa contrária à de Alckmin. Serra alegou não poder se indispor
com o aliado Kassab. O tucano
defende um acordo entre os
dois já no primeiro turno.
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