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Maia questiona a legalidade de candidatura peemedebista
Prefeito do Rio afirma que ex-secretário de Cabral deixou o governo fora do prazo legal
Democrata diz que Paes só foi exonerado em edição extra do "Diário Oficial" que circulou no dia 6; governo afirma ter cumprido prazo
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O prefeito do Rio, Cesar Maia
(DEM), questionou ontem a legalidade da futura candidatura
do ex-secretário de Esportes e
Lazer do Estado Eduardo Paes
(PMDB) à sua sucessão. Segundo o blog que Maia assina, Paes
foi exonerado do governo de
Sérgio Cabral fora do prazo legal, que acabou no último dia 5.
Maia afirmou que Paes só foi
oficialmente exonerado em
edição extra do "Diário Oficial"
que circulou no dia 6. O ex-secretário voltou a ser o pré-candidato favorito do PMDB para
disputar a prefeitura depois
que o partido rompeu a aliança
com o PT, em torno do deputado estadual Alessandro Molon.
Cabral e o governo afirmam ter
cumprido o prazo legal.
"O problema era o tempo de
desincompatibilização que havia se esgotado. [O governador]
Decidiu fazer uma edição extra
do "Diário Oficial" do dia 5. Mas
esta só circulou no dia 6, fora do
prazo. E assim mesmo esqueceram de retirar da capa do
"D.O." o nome do secretário como titular da pasta", escreveu o
prefeito do Rio. Comentando o
caso, Maia disse que Paes "retorna agora para uma convenção conflitiva do PMDB, que, se
o favorecer, iniciará um processo inevitável de cancelamento
da candidatura por descumprimento dos prazos".
A Folha perguntou a Maia,
por e-mail, se ele pretende mover representação contra a
candidatura de Paes. "O DEM
não tratou disso. Mas é tanta
gente se preparando para fazer,
que não vejo necessidade."
O governo do Estado emitiu
nota ontem em que afirma que
a exoneração de Paes foi "ato
do governador em exercício,
Luiz Fernando de Souza Pezão,
no dia 4 de junho passado". Segundo a nota, a decisão de Paes
"foi tomada no fim do dia 4 de
junho, quando já tinha sido impresso o "Diário Oficial" do dia 5
de junho, o que motivou a impressão de uma edição complementar no mesmo dia 5".
Segundo o secretário da Casa
Civil, Régis Fichtner, que assinou o documento, Paes renunciou ao cargo que acumulava
na TurisRio em 30 de maio.
Fichtner alegou que o Código
Civil Brasileiro "dispõe que "os
prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do
de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência'".
De volta ao Rio, após viagem
à Grécia, Cabral disse que Paes
sempre foi seu candidato preferido à prefeitura. "Acompanhei de Atenas e acho que foi
uma decisão importante."
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