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MILITARES
Ex-líder assume hoje como ministro da Defesa
Após seis meses,
Alvares toma posse
da Sucursal de Brasília
O descumprimento de um acordo informal, a contragosto dos militares, vai permitir que o ex-líder
do governo no Senado, Elcio Alvares (ES), 66, assuma o Ministério
da Defesa hoje, seis meses depois
de sua nomeação.
O presidente Fernando Henrique
Cardoso dá posse a Alvares em solenidade no Planalto de sanção do
projeto de lei complementar que
redefine, com a criação do Ministério da Defesa, as atribuições das
Forças Armadas. A mais importante delas: os militares passam a
se submeter ao ministro da Defesa,
um civil.
Os militares esperavam que a
transição para a criação do novo
ministério se prolongasse um pouco mais. Tinham a promessa de
que Alvares assumiria apenas
quando estivessem aprovados,
sancionado e promulgada o projeto de lei complementar e uma
emenda constitucional.
Isso podia transferir a posse de
Alvares para o segundo semestre,
uma vez que o Congresso vai entrar em recesso no próximo mês.
O presidente foi aconselhado a
não esperar mais por assessores. A
avaliação é que quanto mais tempo
demorasse a posse do novo ministro, mais desgastada ficaria a sua
imagem e a própria função.
A posse do novo ministro pode
ser feita só com a aprovação da lei
complementar. A emenda constitucional diz respeito à organização
dos comandos das três Forças
(Exército, Marinha e Aeronáutica), à formação do Conselho de
Defesa e ao status jurídico dos comandantes.
A emenda constitucional já foi
aprovada, em dois turnos, na Câmara. Anteontem, na segunda votação, 411 deputados foram a favor,
3, contra, e 1 se absteve. Seguiu ontem mesmo para o Senado, para
outras duas votações.
O mais provável é que os senadores consigam votar os dois turnos
da emenda antes do recesso.
Com a posse de Elcio Alvares,
dispensado do serviço militar por
sofrer de asma, os atuais ministros
passam a ser comandantes das
Forças -Gleuber Vieira, do Exército, Walter Bräuer, da Aeronáutica e Sérgio Gitirana, da Marinha.
Como comandantes, eles terão
status de ministro. Isso significa
que responderão por seus atos no
Supremo Tribunal Federal.
(RUI NOGUEIRA e AUGUSTO GAZIR)
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