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COMUNICAÇÕES
Dados de abril mostram que pior desempenho foi no quesito pedidos de reparo em telefones fixos
Telefônica descumpre metas de qualidade
RICARDO GALHARDO
da Reportagem Local
A Telefônica não cumpriu 4 das
12 metas definidas pela Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) para acompanhamento
mensal da qualidade do serviço de
telefonia em São Paulo.
Os números constam do último
relatório apresentado pela própria
Telefônica à Anatel e são referentes
ao mês de abril, auge das reclamações contra a empresa.
Das 4 metas não cumpridas, 2 dizem respeito diretamente às principais falhas no serviço (solicitações de reparo e reclamações de erros em contas). As outras duas são
referentes a telefones públicos.
Segundo a Anatel, o acompanhamento mensal é um dos parâmetros usados para a instauração de
sindicâncias que podem resultar
em multas, como a de aproximadamente R$ 5 milhões imposta à
Telefônica há duas semanas.
A empresa alega que as metas definidas no contrato de concessão
(documento que rege a operação
da telefonia) são anuais e, portanto, o acompanhamento mensal
serve apenas como referência para
a melhoria do serviço.
A Telefônica tem o pior desempenho no quesito solicitações de
reparo em telefones fixos (reclamações por defeitos ou não fornecimento do serviço).
A meta proposta pela Anatel é 2,8
reclamações por 100 telefones instalados. Em abril, o número era de
8,16% de linhas com reclamações.
Quando a empresa foi privatizada, o índice era de 3,16%. Desde janeiro, o desempenho só piora.
A Telefônica também não alcançou a meta no quesito reclamações
de erro em conta. A meta é de 7 erros em cada 1.000 contas. Em abril,
o índice era de 15,51 erros.
As outras duas metas não alcançadas dizem respeito aos telefones
públicos. Até abril, 171.060 orelhões deveriam estar em funcionamento, mas haviam 169.863. O índice de solicitações de reparos deveria ser de 24,1%, mas foi de
25,31%.
Para o deputado estadual Jilmar
Tatto (PT), relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da
Telefônica, isso demonstra a falta
de respeito da empresa com o consumidor de baixa renda.
O vice-presidente de Operações
da Telefônica, Ivan Campagnolli,
explicou que uma dúvida em relação à validade dos cartões de outros Estados provocou a demora
na compra dos orelhões.
Segundo ele, as reclamações por
defeitos são fruto ainda da ampliação da rede, e os erros em contas
partem, muitas vezes, da "falta de
conhecimento" do consumidor.
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