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Painel
Síndrome de Alagoas
O crescimento vegetativo da
folha de pagamento de alguns
Estados atingiu 2% ao mês, algo
em torno de 27% ao ano. O Planalto lembrará aos governadores que a reforma administrativa
ainda tramita no Congresso.
Ranking econômico
Avaliação feita pelo governo
federal do ajuste nos Estados situa o Ceará, governado por um
tucano, e a Bahia, terreiro do
PFL, como aqueles que melhor
fizeram o dever de casa. A continuidade administrativa ajudou.
No caminho certo
O ajuste de São Paulo é considerado bom, segundo a equipe
econômica de FHC. Mas é recente. O Estado ainda sofreria os
efeitos da situação que Mário
Covas (PSDB) recebeu de Fleury.
Bem avaliados
A avaliação do governo federal
sobre o ajuste econômico estadual destaca ainda quatro governos do Nordeste: Paraíba (PFL),
Rio Grande Norte (PMDB), Sergipe (PSDB) e Maranhão (PFL).
Frangogate pepebista
De Carlos Apolinário (PMDB),
sobre o retorno de Maluf ao Brasil em meio à suspeita de venda
irregular de frango de empresa
de familiares do ex-prefeito para
a Prefeitura de São Paulo: "Ele
veio pôr ordem no galinheiro".
Palanque federal
A agenda de FHC entrou em
ritmo de reeleição. Na terça, tem
avaliação solene do plano "Brasil em Ação" e lançamento de
projeto de apoio à reforma agrária e alívio à pobreza. Na quarta,
subvenção à borracha natural.
Sem sair de casa
A medida que a eleição se
aproxima, eventos no Planalto
privilegiarão cada vez mais lançamento de obras e ações sociais.
Com ampla exposição na mídia.
Oposição divina
A Igreja Católica prepara apitos e cartões vermelhos para
protestar contra FHC em 7 de setembro, em Aparecida do Norte.
"Já que o Sergio Amaral não
quer politizar o Dia da Pátria, ficaremos rezando e apitando",
diz o padre Fernando Altemeyer.
Pequeno sinal
As palavras enfáticas de Gustavo Franco (Banco Central), na
sabatina no Senado, dizendo que
o câmbio não está fixo foram vistas por alguns setores do mercado financeiro como sinal de que
as pequenas desvalorizações podem se tornar mais frequentes.
Maré baixa
Caiu o turismo no Nordeste na
comparação de julho de 96 com
o mesmo período de 97. A taxa
de ocupação de hotéis em Natal
(RN), por exemplo, foi de 58,6%
contra 82% no ano passado.
Miami é mais barato
Henrique Alves (PMDB-RN)
tem dados mostrando que o alto
preço das passagens aéreas diminui o turismo no Nordeste.
"Falta de concorrência e legislação atrasada ameaçam a vocação
econômica da região", diz.
Bola de cristal
Epígrafe do livro "O Príncipe
da Moeda", de Gilberto Vasconcellos, atribuída ao cineasta
Glauber Rocha, classificava
FHC, entre os anos 74 e 79, como
"apenas um neocapitalista, um
kennediano, um entreguista".
À moda da casa
Explicação tucana para o
"frangogate" paulistano: impressionado com a popularidade do frango, alardeado pelo governo como herói do Plano Real,
Maluf teria exagerado na dose ao
tentar copiar o fenômeno.
Antigos inimigos
O senador Jader Barbalho
(PMDB) e o governador Almir
Gabriel (PSDB) articulam um
acordo no Pará. O peemedebista
seria candidato a governador em
98, e o tucano, que está desgastado, concorreria ao Senado.
Anos de janela
Iris Rezende (Justiça) deixou o
secretário José Gregori (Direitos
Humanos) divulgar as propostas
da comissão que tratou de mudanças nas Polícias Militares,
para só então lhe contar sobre o
pacote que fechara com FHC.
Golpe baixo
Postado no Rio, circula no Senado um dossiê contra Roberto
Requião (PMDB-PR). Traz o que
seriam as mentiras do senador.
TIROTEIO
Do tucano Ciro Gomes, crítico
de FHC, sobre a chance de uma
candidatura única dos partidos
de esquerda em 98:
- O PT é uma entrave ao surgimento de uma alternativa. A
sua constante divisão e luta interna, que o paralisa, não deixa o
partido à altura da oportunidade
histórica que estamos vivendo.
CONTRAPONTO
Razões de Estado
O secretário de Energia de São
Paulo, David Zylbersztajn, fez
uma reunião no mês passado
com os cerca de 40 consultores
que irão preparar o processo de
privatização do setor elétrico do
Estado.
O secretário começou a explicar o que queria dos consultores.
Começou dizendo que o trabalho deles seria fundamental para
que o governo paulista obtivesse
o melhor preço possível por suas
estatais energéticas.
Depois, foi enumerando as características das empresas e citando os pontos mais importantes da lei de privatização.
No final, foi falando do prazo:
- Quero estabelecer o final do
ano como meta para a primeira
privatização...
E brincou, mantendo o tom sério e provocando risos:
- Porque eu apostei uma caixa de guaraná com o governador
(Mário Covas, do PSDB) que começaria a privatização até o fim
do ano. E eu faço questão de ganhar essa aposta!
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