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Ausente, tucano vira alvo em primeiro debate
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo ausente, o ex-prefeito José Serra (PSDB) foi o principal alvo dos adversários no
primeiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo,
transmitido na noite de ontem
pela TV Gazeta.
Líder nas pesquisas de intenção de votos, o tucano justificou sua não-participação com
compromissos de campanha
agendados antes do convite.
Serra disse que participaria de
inaugurações de comitês de deputados aliados. Participaram 7
dos 16 candidatos. Dois deles,
Plínio de Arruda Sampaio Eder
Xavier, recorreram ao TRE
(Tribunal Regional Eleitoral)
para garantir vaga.
Nas considerações iniciais
dos candidatos, quatro deles
criticaram o tucano pelo que
chamaram de arrogância e desrespeito à opinião pública. "Está achando que já ganhou", resumiu Carlos Apolinário
(PDT). Aloizio Mercadante
(PT), que disse estar indignado
pela ausência do adversário,
também fez críticas a Serra
quando falou sobre saúde.
O petista disse que o tucano
prometeu programas em sua
campanha à Prefeitura de São
Paulo e não cumpriu. Mercadante tentou se vincular a Lula,
elogiando a política econômica
do governo federal.
Orestes Quércia (PMDB),
que também criticou a falta do
tucano, falou em todas as participações de seu tempo como
governador (1987-1991). Ele
afirmou querer trazer de volta a
autoridade a São Paulo, em referência à segurança.
Xavier sugeriu reunião entre
todos os candidatos para decidir entre eles quem seria o governador e, assim, todos trabalhariam por essa candidatura.
O eleito, na visão dele, teria a
maioria na Assembléia Legislativa. A proposta não foi comentada pelos outros candidatos.
Participaram também Cláudio de Mauro (PV) e Mário Luiz
Guide (PSB).
Lei penal
Serra, defendeu ontem o endurecimento da legislação federal que organiza a política de
segurança do país e o sistema
carcerário. Para o tucano, é
preciso passar a responsabilidade de transferir presos ao regime de segurança máxima do
Judiciário ao Executivo, criminalizar uso de celulares em prisões e restringir liberdade provisória após cumprimento de
um sexto da pena.
O tucano evitou comentar as
decisões do governador Cláudio Lembo (PFL) e não corroborou as declarações do secretário de Segurança do Estado,
Saulo de Castro Abreu Filho,
que disse que o PT estaria por
trás dos ataques do PCC: "Saulo
está dando sua opinião". Para
Serra, o PT não tem relação
com os ataques.
(ROGÉRIO PAGNAN E LEANDRO BEGUOCI)
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