São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 2006

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Ausente, tucano vira alvo em primeiro debate

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo ausente, o ex-prefeito José Serra (PSDB) foi o principal alvo dos adversários no primeiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo, transmitido na noite de ontem pela TV Gazeta.
Líder nas pesquisas de intenção de votos, o tucano justificou sua não-participação com compromissos de campanha agendados antes do convite. Serra disse que participaria de inaugurações de comitês de deputados aliados. Participaram 7 dos 16 candidatos. Dois deles, Plínio de Arruda Sampaio Eder Xavier, recorreram ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para garantir vaga.
Nas considerações iniciais dos candidatos, quatro deles criticaram o tucano pelo que chamaram de arrogância e desrespeito à opinião pública. "Está achando que já ganhou", resumiu Carlos Apolinário (PDT). Aloizio Mercadante (PT), que disse estar indignado pela ausência do adversário, também fez críticas a Serra quando falou sobre saúde.
O petista disse que o tucano prometeu programas em sua campanha à Prefeitura de São Paulo e não cumpriu. Mercadante tentou se vincular a Lula, elogiando a política econômica do governo federal.
Orestes Quércia (PMDB), que também criticou a falta do tucano, falou em todas as participações de seu tempo como governador (1987-1991). Ele afirmou querer trazer de volta a autoridade a São Paulo, em referência à segurança.
Xavier sugeriu reunião entre todos os candidatos para decidir entre eles quem seria o governador e, assim, todos trabalhariam por essa candidatura. O eleito, na visão dele, teria a maioria na Assembléia Legislativa. A proposta não foi comentada pelos outros candidatos.
Participaram também Cláudio de Mauro (PV) e Mário Luiz Guide (PSB).

Lei penal
Serra, defendeu ontem o endurecimento da legislação federal que organiza a política de segurança do país e o sistema carcerário. Para o tucano, é preciso passar a responsabilidade de transferir presos ao regime de segurança máxima do Judiciário ao Executivo, criminalizar uso de celulares em prisões e restringir liberdade provisória após cumprimento de um sexto da pena.
O tucano evitou comentar as decisões do governador Cláudio Lembo (PFL) e não corroborou as declarações do secretário de Segurança do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, que disse que o PT estaria por trás dos ataques do PCC: "Saulo está dando sua opinião". Para Serra, o PT não tem relação com os ataques. (ROGÉRIO PAGNAN E LEANDRO BEGUOCI)


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