São Paulo, segunda-feira, 10 de agosto de 2009

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NOVA CARTA

Cabo Anselmo nega ter matado na ditadura

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em carta divulgada no fim de semana, José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, negou ter "ferido" ou "matado" alguém durante a ditadura militar (1964-1985), disse que foi escolha sua viver nas "sombras" e que o mito construído em torno dele -pela esquerda que "tanto despreza"- tem o objetivo de "esconder intenções e verdades que o senso comum não alcança".
Anselmo foi um dos líderes da rebelião dos marinheiros, em 1964, movimento que precipitou a queda do presidente João Goulart e o golpe. Depois de militar em organizações da esquerda armada, ele se transformou em colaborador da repressão, entregando ex-colegas que foram torturados ou mortos -como sua companheira, grávida dele.
"Assumo a responsabilidade por escolhas certas e erradas e entendo o resultado da parte trágica da vida buscando equidistância dos extremos", diz ele, em carta datada do dia 8.
O ex-marujo tenta reaver seus documentos originais. Ele aguarda resultado de uma perícia para retirar novamente RG, CPF e título de eleitor -ele não os possui desde 1964, quando foi preso e cassado da Marinha.
(LUCAS FERRAZ)


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