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Sem acordo com PFL, governo adia votação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo não conseguiu ontem chegar a um acordo com o PFL e acabou adiando para hoje a tentativa de concluir a votação em primeiro turno da reforma tributária na Câmara dos Deputados.
Apesar de possuir votos suficientes entre os partidos aliados para aprovar a proposta, o governo busca evitar as manobras de obstrução do PFL, que poderiam jogar a conclusão da votação para a próxima semana.
Governistas e oposição se reuniram até as 22h45 de ontem, mas não houve acordo.
Os tucanos preferem aproveitar a pressa do governo -que precisa aprovar ainda neste ano pontos fundamentais da reforma, como a prorrogação da CPMF- para obter vantagens para seus governadores, em especial Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais.
Uma dessas vantagens seria a mudança no trecho que fala das alíquotas interestaduais do ICMS. Elas definem quanto do imposto fica com o Estado de origem das mercadorias e quanto fica com o de destino.
Hoje, o texto diz que essas alíquotas serão de "no máximo" 4%. São Paulo e Minas, Estados produtores, querem que a expressão "no máximo" seja retirada.
(GUSTAVO PATÚ E RANIER BRAGON)
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