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SOCORRO A BANCOS
TRF recebe recurso
Banco Central tenta reintegrar diretora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central protocolou
ontem recurso contra a decisão
da Justiça Federal que, na semana
passada, afastou a diretora de Fiscalização da instituição, Tereza
Grossi, de seu cargo. A apelação
foi apresentada ao TRF (Tribunal
Regional Federal) em Brasília.
Na última semana, Tereza foi
afastada por determinação do juiz
Rafael Paulo Soares Pinto, da 22ª
Vara da Justiça Federal, em Brasília. A ação cautelar foi movida pelo Ministério Público Federal, que
alega envolvimento ilícito de seis
funcionários do Banco Central
(entre eles a diretora) na operação
de salvamento do banco Marka
em janeiro de 1999.
Na ocasião, a maxidesvalorização do real impôs perdas aos bancos. Para evitar que eles quebrassem, o Banco Central vendeu dólares abaixo da cotação do mercado às instituições. Tereza era chefe interina do Departamento de
Fiscalização na época em que a
operação foi realizada.
Além de ter sido afastada de seu
cargo na diretoria do BC, Tereza
teve seus bens bloqueados. A ação
foi interposta pelos procuradores
Alexandre Camanho, Guilherme
Schelb e Luiz Francisco de Souza.
Sigilos
A Justiça determinou ainda a
quebra dos sigilos bancário, fiscal
e telefônicos da diretora.
A decisão se estendeu também a
outras seis pessoas envolvidas no
caso: o dono do banco Marka,
Salvatore Cacciola, o ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, os ex-diretores da instituição
Cláudio Mauch e Demósthenes
Madureira de Pinho Neto, a técnica do banco Maria do Socorro de
Carvalho e o consultor do BC Alexandre Pundek. A quebra dos sigilos atinge o período de 1º de setembro de 98 a 1º de março de 99.
No ano passado, uma liminar
concedida pela Justiça Federal em
Brasília já havia afastado Tereza
da diretoria do BC, também pelo
seu envolvimento no caso Marka.
Depois de alguns dias de afastamento, a liminar foi cassada e Tereza pôde reassumir o cargo.
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