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Leão afirma que tem provas contra
suposta quadrilha de fraudadores
DA SUCURSAL DO RIO
O corregedor da Receita Federal, Moacir Leão, disse ontem que
tem provas contra a suposta quadrilha de fraudadores que teria
causado um prejuízo de R$ 250
milhões ao fisco. Ele criticou o vazamento do relatório preliminar
da Corregedoria, que serviu de
base para a prisão temporária dos
acusados de integrar o grupo.
"Estamos coletando e examinando o material apreendido, e já
há algumas provas. Houve eliminação de débitos, e isso já está
comprovado. Estou trazendo
provas aqui para mostrar ao delegado como isso aconteceu na delegacia dele", disse Leão, referindo-se ao titular da Derat (Delegacia da Administração Tributária),
José Góes Filho.
O relatório não traz informações sobre a eliminação de dívidas
das empresas na Receita para a
emissão de Certidão Negativa de
Débitos. Apenas afirma que elas
utilizavam créditos próprios ou
de terceiros para abater dívidas
com o fisco. A operação é legal,
desde que esteja fundamentada
em ação judicial.
Leão foi ao Rio acompanhar o
depoimento de Góes Filho, da
despachante Graciete Barbosa da
Silva e da auditora Vera Lúcia
Quintella ao juiz da 3ª Vara Federal Criminal, Lafredo Lisboa.
Barbosa da Silva foi a primeira a
depor. Ela negou que tenha envolvimento com a suposta fraude.
Dos integrantes da suposta quadrilha, disse conhecer o despachante Alberto da Silva Correa
Neto, que fora amigo de seu marido. Contou que contratou Correa
Neto para obter R$ 3,4 milhões de
créditos de IPI de uma empresa
que ficaram retidos na Receita.
O despachante receberia 10%
do total. O pagamento não foi feito, porque Correa Neto não conseguiu liberar os créditos retidos
na Receita. Até a conclusão desta
edição, Góes Filho e Vera Lúcia
não tinham começado a depor.
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