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Foco
Lula e evangélicos trocam canto por oração para
driblar Justiça Eleitoral
Evaristo Sá/France Presse
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O presidente Lula cumprimenta a cantora Mara Maravilha em encontro com evangélicos |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O temor de eventuais problemas com a Justiça Eleitoral era tanto no encontro do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva com evangélicos no
Palácio da Alvorada que nem
sequer um "Parabéns a Você"
os presentes puderam cantar
ao senador Marcelo Crivella
(PRB-RJ), que completava 49
anos ontem. No final do ato,
foi feita apenas uma oração.
No encontro, Lula se colocou como o primeiro presidente a não ter vergonha de
receber o apoio desse grupo.
"Durante muito tempo, político adorava encontrar com
pastor escondido para pedir
voto. Mas tinha um medo
muito grande de aparecer.
Medo não sei do quê, da Igreja Católica. Eu e o Zé Alencar
somos católicos, não temos
que ter medo", disse Lula, que
lembrou que "era o demônio"
em 1989 e 1994. "Quis Deus
que fosse esse, que era chamado de demônio, que fosse
lá sancionar o Código Civil
que permite total liberdade
de religião neste país", disse.
Entre os presentes, estavam a ex-apresentadora infantil Mara Maravilha e os
cantores Vanderley Cardoso
e J. Carlos. A ministra do
Meio Ambiente, Marina Silva, convertida há 11 anos, elogiou Lula por ter oferecido "a
outra face" no debate de anteontem.
Mara também falou e chamou o petista de "pessoa querida". O vice-presidente, José
Alencar, se emocionou: "Não
tenho dúvida de que Deus está neste encontro."
(PDL E ES)
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