São Paulo, terça-feira, 10 de outubro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / DEBATES

Olívio utiliza debate para tachar Yeda de "privatista"

Ex-governador disse que candidata do PSDB quer vender banco estatal; ela negou

Petista citou declarações de vice da adversária sobre privatizações; tucana disse que companheira de chapa de rival também é polêmica


LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, procurou explorar, no primeiro debate do segundo turno gaúcho, ontem na TV e Rádio Bandeirantes, a imagem do empresário Paulo Afonso Feijó (PFL), candidato a vice de sua adversária, Yeda Crusius (PSDB). O PT quer colar a imagem de "privatista" em Yeda.
No programa eleitoral de Olívio à noite, o PT já havia apresentado Feijó (ex-presidente da Federação das Associações Empresariais do Estado do Rio Grande do Sul) em reportagens nas quais ele defende privatizações. No segundo bloco do debate, Yeda foi cobrada por Olívio sobre a escolha do vice. Reconheceu que ele é ""polêmico", mas disse que a candidata a vice na chapa de Olívio, a deputada estadual Jussara Cony (PC do B), também é polêmica.
A Folha apurou que a coordenação da campanha de Yeda teme a exploração da imagem do seu candidato a vice. No debate, Olívio acusou a própria Yeda de defender a privatização do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul). Yeda disse que isso não ocorrerá.
Yeda projetou, durante o debate, a eventualidade de administrar o Estado tendo como presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição em uma disputa contra o também tucano Geraldo Alckmin. Falando sobre iniciativas que crê necessárias para agregar valor a produtos gaúchos, para impulsionar as exportações, ela disse que isso é importante "para não depender de Brasília, para não depender da sorte".
Olívio disse que vai retornar o programa Primeiro Emprego, por ele adotado quando governou o Rio Grande do Sul, entre 1999 e 2002. Questionada sobre o ""choque de gestão" que promete implementar, ela disse: ""O choque de gestão implica valorizar o servidor. O funcionalismo anda desmotivado".


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