São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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Seguranças do Congresso impedem protesto contra os "franciscanos" do PMDB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um grupo de sete jovens da Juventude Popular Socialista, do PPS, entrou em conflito com a Polícia Legislativa, responsável pela segurança do Senado, ao fazer um protesto nos corredores da Casa contra a chamada ala dos "franciscanos" do PMDB. Houve troca de empurrões, e o líder do protesto, Anderson Martins, 27, foi arrastado pela segurança após resistir à prisão.
Martins foi detido ao tentar entrar no gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele e outros cinco estavam vestidos de monges franciscanos, com chinelos nas mãos. Martins reagiu à ordem da segurança e foi arrastado do Salão Azul até os elevadores que dão acesso à sala da segurança, na garagem do Senado. "Viemos exorcizar o Congresso a mando da ordem do São Calheiros" era a palavra de ordem.
O argumento da Polícia Legislativa é que são proibidos protestos no interior do Senado. A segurança nega que tenha havido abuso de força.
Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) tentaram intervir -eles pediram para que os jovens fossem liberados. O pedido só foi atendido horas depois na presença de advogados do PPS.
"Fiz um apelo para soltar os jovens, para que relevassem porque o Senado vive um momento de perda credibilidade", disse Jarbas. O grupo foi liberado após a intervenção dos advogados do PPS. Na saída, disseram que assinaram termo admitindo que a Polícia Legislativa não os agrediu.
Não foi a primeira manifestação desde que estourou a crise envolvendo Renan. Nas últimas semanas, manifestantes do interior de São Paulo levaram faixas contra o peemedebista, o PSOL promoveu um "buzinaço", e uma militante do PSDB também foi barrada ao tentar entrar no Senado com uma camiseta estampando "Fora, Renan".


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