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Foco
Seguranças do Congresso impedem protesto contra os "franciscanos" do PMDB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um grupo de sete jovens da
Juventude Popular Socialista, do PPS, entrou em conflito
com a Polícia Legislativa, responsável pela segurança do
Senado, ao fazer um protesto
nos corredores da Casa contra a chamada ala dos "franciscanos" do PMDB. Houve
troca de empurrões, e o líder
do protesto, Anderson Martins, 27, foi arrastado pela segurança após resistir à prisão.
Martins foi detido ao tentar
entrar no gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele e outros
cinco estavam vestidos de
monges franciscanos, com
chinelos nas mãos. Martins
reagiu à ordem da segurança
e foi arrastado do Salão Azul
até os elevadores que dão
acesso à sala da segurança, na
garagem do Senado. "Viemos
exorcizar o Congresso a mando da ordem do São Calheiros" era a palavra de ordem.
O argumento da Polícia Legislativa é que são proibidos
protestos no interior do Senado. A segurança nega que
tenha havido abuso de força.
Os senadores Pedro Simon
(PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) tentaram
intervir -eles pediram para
que os jovens fossem liberados. O pedido só foi atendido
horas depois na presença de
advogados do PPS.
"Fiz um apelo para soltar os
jovens, para que relevassem
porque o Senado vive um momento de perda credibilidade", disse Jarbas. O grupo foi
liberado após a intervenção
dos advogados do PPS. Na saída, disseram que assinaram
termo admitindo que a Polícia Legislativa não os agrediu.
Não foi a primeira manifestação desde que estourou a
crise envolvendo Renan. Nas
últimas semanas, manifestantes do interior de São Paulo levaram faixas contra o
peemedebista, o PSOL promoveu um "buzinaço", e uma
militante do PSDB também
foi barrada ao tentar entrar
no Senado com uma camiseta
estampando "Fora, Renan".
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