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Tribunal vai reavaliar dois contratos da Nossa Caixa
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O conselheiro Eduardo Bittencourt, do TCE (Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo), determinou ontem a fiscais
do órgão que examinem a execução de dois contratos firmados entre a Nossa Caixa e a Asbace -associação de bancos estatais investigada pela Polícia
Civil e pelo Ministério Público.
Bittencourt foi o relator do
contrato de R$ 671 milhões entre o banco e a Asbace, em que
defendeu a dispensa de licitação. Ontem a Folha exibiu sete
pareceres de técnicos que consideraram irregular essa dispensa. As manifestações foram
ignoradas pelo órgão.
"Há sempre tempo de corrigir", disse ontem Bittencourt.
À época, ele acolheu o argumento da Nossa Caixa, que sustentou que a Asbace "não tem
fins lucrativos, tem inquestionável reputação ético-profissional e é voltada ao desenvolvimento institucional".
Sem estrutura para executar
os serviços, a Asbace subcontratou empresas, como a ATP,
que tem fins lucrativos e pertence à própria associação. "O
problema está na execução do
acordo", disse o relator.
Para o promotor Eduardo
Rheingantz, no entanto, a subcontratação prova que licitação
deveria ter ocorrido.
Bittencourt assinou duas determinações, que devem ser
publicadas hoje no "Diário Oficial", para que fiscais do TCE
analisem o total pago à Asbace,
a lista das subcontratadas e o
êxito na execução dos serviços.
No acordo de R$ 671 milhões, que é o maior, a Asbace
foi chamada para instalar redes
de auto-atendimento (caixas
eletrônicos) em todo o Estado.
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