|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Oficial nega conivência com tortura
DA REPORTAGEM LOCAL
O coronel reformado
Carlos Alberto Brilhante
Ustra, ex-comandante do
DOI-Codi, declarou em
juízo que não cometeu
nem foi conivente com
atos de tortura praticados
durante o regime militar.
O militar pode recorrer
da decisão ao Tribunal de
Justiça de São Paulo, que é
um órgão de segundo grau.
Durante o processo, o
militar argumentou que
eventuais crimes cometidos em 1972 ou em 1973,
como relata a família, não
poderiam mais ser punidos pois já estariam prescritos (prazo em que alguém pode ser responsabilizado) e que a ação deveria ser contra a União, e
não contra um servidor.
Por meio de seus advogados, Ustra disse ainda
que a ação movida contra
ele fere a Lei da Anistia, de
1979, que beneficiaria os
agentes dos órgãos de segurança pública que combateram movimentos armados durante o regime.
Em entrevistas anteriores, o militar classificou as
acusações de "mentiradas" e de invenções para
prejudicá-lo. Afirmou ainda que, por "essas coisas
que esse povo faz [relatos
de sevícias], aquele negócio todo, tem horas que a
gente desiste de viver".
Texto Anterior: Juiz condena Ustra por seqüestro e tortura Próximo Texto: Caseiro foi sondado para mudar versão, diz revista Índice
|