São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2001

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Esquema de segurança é inédito

DE NOVA YORK

Nunca uma visita de Fernando Henrique Cardoso aos Estados Unidos teve um esquema de segurança tão intenso quanto agora. Para se ter uma idéia do nível do detalhe com que trabalham os órgãos de inteligência norte-americanos pós-ataque terrorista, o nome das mães dos jornalistas brasileiros foi uma das exigências feitas à missão do país.
Com esse dado, entre vários outros, o serviço de inteligência checaria os antecedentes criminais dos profissionais que acompanham a visita de FHC. Além disso, o presidente brasileiro move-se pela cidade com um comboio de pelo menos seis veículos e cerca de três dezenas de seguranças.
São alguns oficiais brasileiros, mas muitos também do Serviço Secreto dos EUA, órgão responsável pela proteção a dirigentes e diplomatas estrangeiros quando em visita ao país. O carro de FHC, um Cadillac Deville bege metálico, vem sendo dirigido pela mesma agente desde Washington.
Durante a visitação ao Museu Guggenheim, ontem de manhã em Nova York, por exemplo, o presidente foi desaconselhado pela segurança a visitar a área em que está uma estátua de São Jorge atribuída ao escultor mineiro Aleijadinho (1730-1814).
É que o objeto, do tamanho de uma pessoa, traz uma lança apontada para quem o observa. Ao passar pela seção, FHC foi "levado" pelos oficiais sem que pudesse parar. "O senhor vê na volta, com mais calma", disse sua assessora de imprensa, Ana Tavares. O que não aconteceu. (SD)


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