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Esquema de segurança é inédito
DE NOVA YORK
Nunca uma visita de Fernando
Henrique Cardoso aos Estados
Unidos teve um esquema de segurança tão intenso quanto agora.
Para se ter uma idéia do nível do
detalhe com que trabalham os órgãos de inteligência norte-americanos pós-ataque terrorista, o nome das mães dos jornalistas brasileiros foi uma das exigências feitas
à missão do país.
Com esse dado, entre vários outros, o serviço de inteligência checaria os antecedentes criminais
dos profissionais que acompanham a visita de FHC. Além disso,
o presidente brasileiro move-se
pela cidade com um comboio de
pelo menos seis veículos e cerca
de três dezenas de seguranças.
São alguns oficiais brasileiros,
mas muitos também do Serviço
Secreto dos EUA, órgão responsável pela proteção a dirigentes e diplomatas estrangeiros quando
em visita ao país. O carro de FHC,
um Cadillac Deville bege metálico, vem sendo dirigido pela mesma agente desde Washington.
Durante a visitação ao Museu
Guggenheim, ontem de manhã
em Nova York, por exemplo, o
presidente foi desaconselhado pela segurança a visitar a área em
que está uma estátua de São Jorge
atribuída ao escultor mineiro
Aleijadinho (1730-1814).
É que o objeto, do tamanho de
uma pessoa, traz uma lança apontada para quem o observa. Ao
passar pela seção, FHC foi "levado" pelos oficiais sem que pudesse parar. "O senhor vê na volta,
com mais calma", disse sua assessora de imprensa, Ana Tavares. O
que não aconteceu.
(SD)
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