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São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2003

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PAINEL

Grande Irmão
A Casa Civil e o gabinete de Lula pedem que os ministros enviem diariamente ao Planalto a relação de seus compromissos do dia seguinte. É uma tentativa de acompanhar de perto as ações do primeiro escalão.

Ordem unida
Lula terá encontro com governadores, na primeira semana de dezembro, para discutir segurança. O presidente anunciará o envio ao Congresso do projeto de unificação das polícias Civil e Militar, promessa de campanha.

Alinhamento geral
A reunião de Lula com os governadores será marcada para o dia em que Pernambuco, único Estado ainda fora do Sistema Único de Segurança Pública, assinar adesão ao programa, que prevê o repasse de verbas federais para combater a violência.

Lugar à sombra
Anthony Garotinho deverá deixar a Segurança Pública do Rio na reforma do secretariado que Rosinha Matheus promoverá no início de 2004. Por considerar o cargo muito desgastante, o ex-governador tende a ser transferido por sua mulher para a Secretaria do Governo.

Agendas distintas
A cúpula do PT antecipou as prévias para a Prefeitura do Rio. Avalia que assim Jorge Bittar terá mais chances contra o radical Chico Alencar. Em Maceió, a estratégia foi oposta: jogar as prévias para janeiro na esperança de que, até lá, Heloísa Helena não esteja mais no partido.

Patrono das artes
O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco promove exposição de fotos históricas da entidade na Câmara. O presidente da Casa, João Paulo Cunha, é ex-metalúrgico e tem base em Osasco.

Planos de vôo
Três deputados disputam a liderança tucana na Câmara em 2004: Antonio Carlos Pannunzio (SP), Custódio de Matos (MG) e Bismarck Maia (CE).

Ambiente carregado
Entidades ambientalistas fazem hoje ato de apoio a Marina Silva (Meio Ambiente) na abertura de seminário na Embrapa, no Rio. É a primeira de uma série de manifestações planejadas para pressionar o Congresso a impor, na lei de biossegurança, restrições duras à aprovação de produtos transgênicos no país.

Linha dura
Márcio Thomaz Bastos (Justiça) reúne-se amanhã com Geraldo Alckmin e os três senadores paulistas. Em pauta, projetos para o endurecimento da legislação penitenciária, com o objetivo de isolar as lideranças do PCC e combater suas ações.

Passaporte cheio
Piada que corre no Congresso: se Lula continuar viajando tanto, ao final de quatro anos o vice-presidente, José Alencar, vai ter despachado mais tempo do que o titular no Palácio do Planalto.

Frequência modulada
O PT decidiu regionalizar os programas estaduais de rádio e televisão a que terá direito no primeiro semestre do ano que vem. O objetivo do partido é dar espaço a candidatos que disputam prefeituras de cidades sem rede local de comunicação.

Gavetas vazias
Em março, o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, um dos principais atingidos pela Operação Anaconda, havia confirmado a intenção de aposentar-se. Na época, seu gabinete já tinha o aspecto de repartição pública em dia de mudança.

Alô e tchau
Para aliviar o caixa da prefeitura paulistana, a administração Marta Suplicy está adotando procedimento curioso. Na Prodam, companhia de processamento de dados do município, as ligações telefônicas feitas do órgão são cortadas após cinco minutos de conversa.

TIROTEIO

Do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), defendendo legislação penal mais dura para combater ações como as que o PCC vem promovendo em São Paulo:
-Se há preocupação com a depressão dos presos, ponha um psicólogo para acompanhá-los. Não pode é um facínora desses ficar solto no celular mandando matar inocentes, traficando armas e drogas.

CONTRAPONTO

Como os inconfidentes

Ao assinar, há cerca de duas semanas, decreto que criou o Parque Florestal do Itacolomi, o governador Aécio Neves de certo modo "contrariou" a opinião de seu avô Tancredo a respeito da conservação ambiental no entorno de Ouro Preto.
Pouco antes de ser sucedido no comando de Minas por Tancredo, em 1983, Francelino Pereira assinou decreto que proibia a derrubada de árvores nessa área para obtenção de lenha.
A idéia, segundo o político da extinta Arena, era manter, quase dois séculos depois, "o mesmo cenário da Inconfidência".
Tancredo anulou o decreto. Questionado por grupos ambientalistas, não titubeou:
-Anulei sim, a pedido da população local, que em muitos casos ainda usa lenha para cozinhar. Se é para imitar o cenário de 1789, os contemporâneos dos inconfidentes queimaram muito mais madeira do que nós.


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