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JUDICIÁRIO
Câmara não votará a tempo
Velloso não deve ser beneficiado por emenda
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara não deverá aprovar a
emenda constitucional que amplia de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de ministros
do Supremo e de tribunais superiores a tempo de beneficiar o
presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, Carlos Velloso.
O presidente da Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara,
Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ),
diz que é "praticamente impossível" a promulgação da emenda
até o dia 19 de janeiro, quando o
ministro Velloso se aposentará,
ao completar 70 anos. Velloso nega ter interesse pessoal no caso.
Entidades de magistrados consideraram "casuísmo" a aprovação de emenda do senador Demóstenes Torres (PFL-GO). Com
a alteração, o benefício valeria
imediatamente nos tribunais superiores, enquanto os demais servidores aguardariam regulamentação por lei complementar.
A Câmara criará uma comissão
especial para deliberar em quarenta sessões. Se no Senado houve
uma decisão "suprapartidária",
como define Torres, na Câmara,
segundo Biscaia, houve "divergências e intenso debate".
"Aqui não houve "acordão'", diz
Biscaia. "Não participei de nenhuma conspiração. Fiz a emenda com absoluta convicção de que
isso é importante para o país",
afirma Torres.
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