São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 2002

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TRANSIÇÃO

Petista encontrará banqueiros americanos na sede nova-iorquina do Fed

Palocci vai a NY negociar linhas de crédito ao Brasil

KENNEDY ALENCAR
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
MARCIO AITH
DE WASHINGTON

O virtual ministro da Fazenda do governo do PT, Antônio Palocci Filho, vai se reunir amanhã às 14h30 (horário dos EUA) com banqueiros americanos na sede de Nova York do Fed (o Banco Central americano).
Palocci tinha pedidos de conversas de diversos banqueiros. Para atender a todos resolveu organizar uma reunião no FED nova-iorquino e deverá voltar aos EUA até o final do ano para uma nova rodada. "A prioridade é tratar das linhas de crédito para as empresas brasileiras e mostrar que a economia do Brasil tem indicadores positivos", disse.
Palocci, que acompanha a viagem a Washington do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, também se encontra hoje à noite na embaixada brasileira em Washington com banqueiros que foram convidados a pedido do PT, como revelou ontem a Folha.
Lula chegou na noite de ontem à base aérea de Andrews, de onde seguiu para a residência oficial da embaixada brasileira.
"Não vim aqui para reivindicar, eu vim aqui para conversar sobre política", disse ele. "Os dois países precisam aperfeiçoar as relações. Temos muitas coisas pra conversar", completou.
Na entrada da residência oficial, onde o presidente eleito e sua comitiva se hospedam, três mulheres -uma delas adolescente de 13 anos- aguardavam por uma hora e meia, numa temperatura abaixo de zero grau.
Quando o presidente eleito chegou, elas correram até ele, gritando e pedindo para tirar fotos.
Ana Maria Menezes, que vive há 20 nos nos EUA, disse que, com a eleição de Lula, estava pensando em voltar ao Brasil.
O secretário de Relações Internacionais do PT, Aloizio Mercadante, afirmou que "é preciso que haja negociação para que as barreiras sejam reduzidas, sobretudo no setor agrícola".

Agenda bilateral
"A visita abre a oportunidade de um relacionamento promissor para o Brasil e para os EUA. Esperamos que esse contato possa significar uma agenda bilateral ampla e que aprofunde as relações bilaterais, respeitadas as soberanias dos dois países", afirmou o senador eleito pelo PT.
Além da agenda comercial, o PT avalia que o presidente Bush pode pedir apoio ao eventual ataque dos Estados Unidos ao Iraque.
A tendência do PT é dar aval desde que a ONU (Organização das Nações Unidas) chancele a eventual ofensiva militar norte-americana.


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