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TRANSIÇÃO
Petista encontrará banqueiros americanos na sede nova-iorquina do Fed
Palocci vai a NY negociar linhas de crédito ao Brasil
KENNEDY ALENCAR
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
O virtual ministro da Fazenda
do governo do PT, Antônio Palocci Filho, vai se reunir amanhã
às 14h30 (horário dos EUA) com
banqueiros americanos na sede
de Nova York do Fed (o Banco
Central americano).
Palocci tinha pedidos de conversas de diversos banqueiros.
Para atender a todos resolveu organizar uma reunião no FED nova-iorquino e deverá voltar aos
EUA até o final do ano para uma
nova rodada. "A prioridade é tratar das linhas de crédito para as
empresas brasileiras e mostrar
que a economia do Brasil tem indicadores positivos", disse.
Palocci, que acompanha a viagem a Washington do presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva,
também se encontra hoje à noite
na embaixada brasileira em Washington com banqueiros que foram convidados a pedido do PT,
como revelou ontem a Folha.
Lula chegou na noite de ontem à
base aérea de Andrews, de onde
seguiu para a residência oficial da
embaixada brasileira.
"Não vim aqui para reivindicar,
eu vim aqui para conversar sobre
política", disse ele. "Os dois países
precisam aperfeiçoar as relações.
Temos muitas coisas pra conversar", completou.
Na entrada da residência oficial,
onde o presidente eleito e sua comitiva se hospedam, três mulheres -uma delas adolescente de 13
anos- aguardavam por uma hora e meia, numa temperatura
abaixo de zero grau.
Quando o presidente eleito chegou, elas correram até ele, gritando e pedindo para tirar fotos.
Ana Maria Menezes, que vive há
20 nos nos EUA, disse que, com a
eleição de Lula, estava pensando
em voltar ao Brasil.
O secretário de Relações Internacionais do PT, Aloizio Mercadante, afirmou que "é preciso que
haja negociação para que as barreiras sejam reduzidas, sobretudo
no setor agrícola".
Agenda bilateral
"A visita abre a oportunidade de
um relacionamento promissor
para o Brasil e para os EUA. Esperamos que esse contato possa significar uma agenda bilateral ampla e que aprofunde as relações
bilaterais, respeitadas as soberanias dos dois países", afirmou o
senador eleito pelo PT.
Além da agenda comercial, o PT
avalia que o presidente Bush pode
pedir apoio ao eventual ataque
dos Estados Unidos ao Iraque.
A tendência do PT é dar aval
desde que a ONU (Organização
das Nações Unidas) chancele a
eventual ofensiva militar norte-americana.
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