São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Corretora fez repasses no caso mensalão

DA REDAÇÃO

Enivaldo Quadrado foi alvo de investigação no escândalo do mensalão, em 2005, depois que foram identificadas movimentações financeiras entre a corretora Bônus-Banval, de sua propriedade, e empresas do publicitário Marcos Valério.
As operações com a corretora de seguros paulistana -uma das muitas intermediárias do mensalão- objetivavam dificultar o rastreamento do dinheiro. Segundo as investigações, passaram pela Bônus-Banval quantias destinadas a parlamentares do PP e do PL (hoje PR).
Para o PP, escreveu o procurador-geral da República na denúncia ao STF, foi transferido R$ 1,2 milhão com a ajuda da corretora e de outra empresa. No total, o partido recebeu R$ 4,1 milhões de Valério, sacados por um assessor de confiança do então deputado José Janene.
Em 2006, Janene foi apontado por um ex-advogado como sendo o real dono da Bônus-Banval -onde uma filha trabalhara. Ele negou relação com a corretora.
O PL, que era presidido por Valdemar Costa Neto, foi apontado como o destino de R$ 10,8 milhões, tendo parte chegado à legenda por meio da Bônus-Banval.
À época, Quadrado negou que houvesse repassado dinheiro a políticos e disse ter conhecido Valério por meio de Janene. Ainda afirmou à PF ter sido "usado" pelo publicitário, que, um ano antes, estaria interessado na compra da Bônus-Banval. A corretora divulgou laudo segundo o qual as operações com Valério foram legais.
Conforme o ex-sócio de Quadrado, Breno Fischberg, também réu no mensalão, a corretora teve suas atividades encerradas há dois anos -o que foi homologado pelo Banco Central neste ano.


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