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memória
Corretora fez repasses no caso mensalão
DA REDAÇÃO
Enivaldo Quadrado foi alvo de investigação no escândalo do mensalão, em 2005,
depois que foram identificadas movimentações financeiras entre a corretora Bônus-Banval, de sua propriedade, e empresas do publicitário Marcos Valério.
As operações com a corretora de seguros paulistana
-uma das muitas intermediárias do mensalão- objetivavam dificultar o rastreamento do dinheiro. Segundo
as investigações, passaram
pela Bônus-Banval quantias
destinadas a parlamentares
do PP e do PL (hoje PR).
Para o PP, escreveu o procurador-geral da República
na denúncia ao STF, foi
transferido R$ 1,2 milhão
com a ajuda da corretora e de
outra empresa. No total, o
partido recebeu R$ 4,1 milhões de Valério, sacados por
um assessor de confiança do
então deputado José Janene.
Em 2006, Janene foi apontado por um ex-advogado como sendo o real dono da Bônus-Banval -onde uma filha
trabalhara. Ele negou relação com a corretora.
O PL, que era presidido
por Valdemar Costa Neto, foi
apontado como o destino de
R$ 10,8 milhões, tendo parte
chegado à legenda por meio
da Bônus-Banval.
À época, Quadrado negou
que houvesse repassado dinheiro a políticos e disse ter
conhecido Valério por meio
de Janene. Ainda afirmou à
PF ter sido "usado" pelo publicitário, que, um ano antes,
estaria interessado na compra da Bônus-Banval. A corretora divulgou laudo segundo o qual as operações com Valério foram legais.
Conforme o ex-sócio de
Quadrado, Breno Fischberg,
também réu no mensalão, a
corretora teve suas atividades encerradas há dois anos
-o que foi homologado pelo
Banco Central neste ano.
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