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Codeplan ganhou poder com Barbosa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No centro das denúncias de corrupção no governo do Distrito Federal,
a Codeplan (Companhia
de Planejamento do Distrito Federal) ganhou poder ao longo dos anos pelas mãos de Durval Barbosa, o homem que denunciou o mensalão do DEM.
Da empresa, segundo informou à Polícia Federal,
teriam saído R$ 57,7 milhões para o esquema.
A Codeplan foi criada
em 1964 para pensar o planejamento da capital do
país. Na gestão de Barbosa
(1999 a 2006), a companhia incorporou a área de
tecnologia da informação.
Com equipamentos de
última geração, Barbosa
passou a controlar toda a
rede de computadores do
governo do DF. Da Codeplan, era possível acessar
qualquer terminal sem
que isso fosse percebido.
Assim, o ex-policial civil
aumentou seu poder de
barganha.
A empresa também era
responsável pela digitação
de multas e de contracheques, o que permitia a Barbosa acesso a informações
estratégicas. Essas tarefas,
porém, foram redistribuídas quando José Roberto
Arruda assumiu o governo
(2007) e levou Barbosa para a Secretaria de Relações
Institucionais.
Hoje, a Codeplan voltou
a funcionar apenas como
um órgão de pesquisa,
análise e acompanhamento de políticas públicas. Os
equipamentos comprados
estão subutilizados. O orçamento da empresa para
investimento neste ano é
de R$ 6,5 milhões. Os gastos com pessoal somam R$
62,2 milhões.
Para fazer a empresa lucrativa aos negócios do seu
grupo político, Barbosa
afastou cerca de 300 funcionários do quadro e os
remanejou para a Polícia
Civil. A Codeplan passou
então a funcionar com terceirizados.
As empresas contratadas, segundo denunciou
Barbosa, pagavam propina
para financiar o suposto
esquema de caixa dois da
campanha de Arruda. Os
funcionários já retornaram à empresa.
(AM)
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