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Projeto prevê que prática seja crime hediondo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O projeto de lei que o governo encaminha hoje ao
Congresso endurece as penalidades para crimes de
corrupção cometidos por políticos e os diferencia legalmente de servidores públicos. Como passará por Câmara e Senado, é provável
que o texto seja abrandado.
Segundo o projeto, corrupção cometida por autoridades com poder decisório e
ocupantes de cargos elegíveis passa a ser crime hediondo, portanto inafiançável, e abre possibilidade para
prisão temporária de até 60
dias. Hoje, o prazo previsto
para prisão é de cinco a dez
dias. O projeto amplia para
30 a 60 dias.
O projeto amplia as penas
de crimes de corrupção ativa
e passiva, peculato (uso de
cargo público em benefício
próprio), hoje de dois a 12
anos, e concussão (extorsão
praticada por funcionário
público), hoje de dois a oito
anos, para oito a 16 anos.
Estão entre as altas autoridades abrangidas pela proposta presidente, vice-presidente, ministros, governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais, vereadores, deputados, senadores,
presidentes e diretores de estatais, juízes, desembargadores, promotores de Justiça,
comandantes das Forças Armadas, conselheiros e membros do Tribunal de Contas
da União e dos tribunais de
contas dos Estados.
(SI)
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