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Frente tenta agilizar veto aos "fichas sujas"
Movimento admite flexibilizar punições a políticos condenados para que texto seja votado rapidamente
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de receber a notícia
de que o projeto que proíbe a
candidatura de políticos com
"ficha suja" somente será colocado em pauta no ano que vem,
o Movimento de Combate à
Corrupção Eleitoral já admite
flexibilizar a proposta original.
Ontem, durante ato de entrega de mais 200 mil assinaturas
de apoio ao texto de iniciativa
popular (que tinha sido entregue já com 1,3 milhão de assinaturas), integrantes do movimento disseram que o projeto
precisa começar a ser discutido
e que, no decorrer de sua votação, poderá ser aperfeiçoado.
A mudança que tem mais força hoje entre os deputados é a
de tornar inelegível políticos
condenados só por uma decisão
colegiada, de segunda instância. O texto original previa que
condenados em primeira ou
única instância por crimes graves (racismo, homicídio ou estupro) não poderiam disputar.
Condenados em representações por compra de votos ou
uso eleitoral da máquina administrativa e parlamentares que
renunciassem ao cargo para
evitar abertura de processo
também ficariam inelegíveis.
"Aceitamos discutir e aprimorar o projeto, mas o mais
importante é discutir e votar,
pois quanto mais selecionarmos os candidatos, menos teremos que nos preocupar com
CPIs e cassações", disse dom
Dimas Lara Barbosa, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
A alteração tem apoio de integrantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção e
do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que a inelegibilidade
por decisão colegiada evitaria
que juízes de primeira instância cometessem abusos. "Mas,
para mudarmos isso, temos que
começar a discutir para que já
apliquemos em 2010", disse.
(MARIA CLARA CABRAL)
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