São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2004

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Alca provoca desconforto, mas não crise

DO ENVIADO ESPECIAL A MONTERREY

O aumento da temperatura para a cúpula não incomoda o chanceler brasileiro Celso Amorim, que nega haver uma crise nas negociações para o texto final, centrada na Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Há, em todo o caso, um desconforto, já que, quando o Brasil foi sondado sobre uma cúpula extraordinária, a aceitação ficou condicionada a que não se discutisse a Alca. O máximo que o país aceita é uma menção de aplauso ao que foi decidido na conferência de novembro em Miami: uma Alca "light" obrigatória para todos os 34 países e acordos mais gordos para os que quiserem, sem comprometer os reticentes.
Como faltou definir o conteúdo exato da Alca "light", o tema reapareceu, empurrado por México, Canadá e Chile, que preferem um acordo mais abrangente.
Mas é improvável que se passe do desconforto à crise. Afinal, Bush, em telefonema que deu a Lula no mês passado, cumprimentou-o pelo acordo em Miami. Os dois principais negociadores da Alca continuam na trégua.
Assim, são reduzidas as chances de que outros países consigam violar a trégua, até porque já está marcada para fevereiro, no México, a reunião técnica em que se tentará estabelecer o conteúdo básico da Alca. (CR)


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