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Americanos querem cúpula prática e sugerem metas e prazos concretos
DO ENVIADO ESPECIAL A MONTERREY
Cansados da caudalosa retórica
e reduzida praticidade das cúpulas, os Estados Unidos tentam estabelecer, em Monterrey, um mecanismo de metas e prazos para
certas providências concretas.
Exemplo de John Maisto, embaixador dos EUA na Organização dos Estados Americanos: "O
custo médio para enviar US$ 100
dos Estados Unidos para qualquer país da região é de mais de
US$ 12,50. Poderíamos reduzir esse custo em 50% ou mais".
Seria uma bênção para a massa
de latino-americanos que vive, legal ou ilegalmente, nos EUA. Enviaram, no ano passado, cerca de
US$ 32 bilhões para seus países.
Maisto propõe metas para reduzir também os obstáculos burocráticos para a criação de pequenas e médias empresas. Hoje, calcula-se que leva 70 dias, em média, para que uma firma pequena
esteja estabelecida legalmente na
América Latina.
"Se todos estivermos de acordo
em reduzir à metade o tempo e o
dinheiro necessários para começar um negócio, isso se converteria na libertação de muitas economias", afirma o embaixador.
A tese é coerente com o fato de
que, no capítulo "crescimento
econômico com equidade, para
reduzir a pobreza", um dos três
que comporão o texto final, a ênfase está posta justamente nas pequenas e médias empresas, geradoras de 80% das atividades econômicas do hemisfério.
O projeto norte-americano de
metas e prazos não estava aprovado até a tarde de ontem. Mas estava virtualmente afastada a idéia
de uma "cláusula anti-corrupção", pela qual países corruptos
ficariam fora da Organização dos
Estados Americanos.
A proposta caiu em um grupo
de trabalho na sexta-feira, mas os
EUA pretendiam insistir ontem,
apesar de terem apoio de apenas
três dos outros 33 países.
(CR)
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