São Paulo, segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

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Protesto contra deputado da meia marca véspera do retorno da Câmara do DF

LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Um grupo de 30 pessoas realizou um protesto na frente da casa do deputado Leonardo Prudente (ex-DEM), flagrado em um dos vídeos do mensalão do DF colocando dinheiro nas meias. Prudente irá reassumir a presidência da Câmara Distrital, que retoma os trabalhos hoje.
Os deputados definirão as principais etapas para o andamento dos pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (sem partido).
Com faixas e levando um caixão, integrantes do movimento "Fora, Arruda" pediram o afastamento de Prudente da Câmara. À noite, os manifestantes prometeram que passariam a madrugada em frente à Câmara, em vigília. Eles deverão acompanhar os trabalhos relativos aos processos envolvendo Arruda com o grupo que já ocupava a frente da Casa ontem.
A partir de hoje os parlamentares irão eleger o novo presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e indicarão os cinco integrantes da chamada comissão especial. Desde dezembro passado, ficou definido que os pedidos de impeachment passarão primeiro pela CCJ e, se aprovados, irão para a análise da comissão especial.
A tendência é a de que tanto a CCJ quanto a comissão sejam comandadas por aliados do governador, que tem maioria na Casa.
A Câmara também deverá instalar hoje a CPI da Corrupção, que irá apurar denúncias no período de 1991 a 2009, englobando do primeiro ao atual governo do DF. A investigação atingirá a gestão de Joaquim Roriz, ex-aliado e agora rival político de Arruda. Os deputados vão definir hoje qual será o presidente e o relator da comissão de investigação, que irá durar 180 dias.
A CPI também deve ser dominada por aliados do governador, já que dos cinco integrantes, pelo menos quatro apoiam o ex-democrata.
Os deputados voltaram mais cedo ao trabalho porque, em dezembro, antes do recesso de fim de ano, foi aprovada uma convocação extraordinária. Pelo regimento, eles só retornariam em fevereiro, mas era grande a pressão para que as denúncias fossem apuradas.


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