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"Polêmica era previsível", diz procurador
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Luiz
Antônio Marrey, a polêmica jurídica em torno da lei federal que
trata do foro privilegiado era
"previsível".
Segundo Marrey, mesmo que a
lei seja contestada em cada recurso, será inevitável um retardamento das investigações e dos
processos. "Não tenho dúvida de
que isso vai acontecer." Leia a seguir a entrevista.
Folha - Qual o impacto dessa decisão nos futuros julgamentos?
Luiz Antônio Marrey - É uma primeira decisão. Sinaliza o primeiro
entendimento de uma Câmara de
Direito Público do TJ no sentido
de que a lei é realmente inconstitucional. É evidente que, para que
isso se consolide, nós temos de verificar outras decisões.
Folha - O Estado de São Paulo pode descumprir uma lei federal?
Marrey - O aplicador da lei não
pode simplesmente deixar de
cumprir um lei sem apresentar
qualquer justificativa. É preciso
sustentar formalmente esse não
cumprimento. Foi o que aconteceu. A decisão final caberá ao Supremo Tribunal Federal.
Folha - Qual o prejuízo causado
por essa indefinição?
Marrey - Quando essa lei foi
aprovada era previsível que geraria muita polêmica judicial.
Quem ganha são as pessoas que
não querem ter seus atos apurados. Até que o Supremo se pronuncie, haverá o retardamento da
tramitação dos inquéritos e dos
processos. Não tenho dúvida de
que isso vai acontecer.
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