DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A lista com os doadores de panetones, apreendida pela Polícia Federal, será em usada pela defesa do governador José Roberto Arruda como prova de que não era propina o dinheiro que ele pegou em vídeo.
O advogado Nélio Machado, defensor de Arruda, disse que a justificativa da compra de panetones chegou a ser ridicularizada, embora haja 15 anos que o governador faça distribuição do brinde no Natal com base em doações.
Ele disse que os documentos encontrados pela PF são autênticos, comprovam versão de Arruda e foram coletados para provar à Justiça Eleitoral que as doações não têm a ver com caixa dois ou campanha fora de época.
Contudo, 2 dos 4 empresários citados como doadores para compra e distribuição de panetones negam a colaboração.
Um deles, José Celso Gontijo, não respondeu à Folha, e o outro é Durval Barbosa, denunciante do mensalão do DEM, que disse à polícia e ao Ministério Público serem falsos os recibos que assinou.
Segundo a polícia, o nome do empresário Cassio Gonçalves aparece pelo menos duas vezes ao lado de valores expressivos.
Questionado se já havia colaborado com a compra de panetones do governador, Gonçalves respondeu rindo: "Nunca colaborei com panetone". Ele não soube explicar por que o nome dele está numa lista de doadores.
Por meio da assessoria da Via Engenharia, Fernando Queiroz disse desconhecer qualquer doação referente aos panetones.


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