DA REPORTAGEM LOCAL

Ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo por duas gestões consecutivas, Luiz Antônio Guimarães Marrey, 46, quer ocupar novamente o cargo mais importante da instituição. Ele foi nomeado no biênio 1996-1997 por Covas e reconduzido ao cargo na gestão seguinte.
Se for eleito, Marrey afirmou que dará prosseguimento às principais metas de suas antigas gestões. "Sempre defendi um Ministério Público atuante, presente nas principais questões da sociedade e independente para investigar e reprimir a criminalidade e a corrupção." O maior desafio de Marrey nesta eleição é se sobrepor às críticas enfrentadas pela atual gestão. Filomeno foi assessor de Marrey e contou com seu apoio na disputa. (LC)
 

Folha - A atual gestão do Ministério Público é uma continuidade daquilo que o senhor defendeu nas duas administrações anteriores?
Luiz Antônio Marrey - Do ponto de vista ético sim. Mas cada um tem uma forma de agir. A minha é diferente da dele [da de Filomeno". Para mim, o Ministério Público tem de comunicar suas políticas à população, deve estar disponível a esclarecer os fatos e a atuar nas principais questões da sociedade.

Folha - A atual gestão poderá prejudicar sua campanha?
Marrey - Não creio nisso. Certamente os colegas irão se lembrar dos quatro anos em que o Ministério Público cumpriu o seu papel, foi atuante e esteve presente nas principais questões da sociedade. E é isso que farei se for eleito novamente para a Procuradoria.

Folha - Como o sr. avalia hoje o Ministério Público?
Marrey - O órgão tem profissionais de alta qualidade e avançou muito em diversas áreas. Precisa modernizar alguns setores de sua estrutura porque a procura por seus serviços cresceu muito. É preciso atualizar a administração para dar conta da demanda.


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