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ESTATAIS
Ex-assessor de Dirceu diz que nomes passavam por ele apenas de forma burocrática
Petista nega influência em fundos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-secretário de Comunicação do PT e ex-assessor de José
Dirceu na Casa Civil, Marcelo Sereno, negou ontem que exercesse
influência sobre as decisões de investimento dos fundos de pensão.
Admitiu que participava do processo de escolha de nomes para as
fundações devido ao cargo que
ocupou na Casa Civil e ao fato de
vir do movimento sindical.
De acordo com Sereno, em depoimento ontem à sub-relatoria
de fundos de pensão da CPI dos
Correios, como a legislação exige
que parte dos cargos na direção
dos fundos seja ocupada por funcionários das estatais patrocinadoras das fundações, era natural
que os nomes indicados para os
fundos passassem por ele, mas de
uma forma "burocrática".
Sereno admitiu também que é
amigo de Murilo e Christian de
Almeida Rego, filhos do operador
de mercado Haroldo Pororoca.
Murilo e Christian estão entre os
principais suspeitos de obter lucros em operações supostamente
irregulares com fundos de pensão, sobretudo o Nucleos (estatais
nucleares) e a Prece (Cedae). Ambos negam as acusações.
Fabiana Carnaval, prima de
Christian, era gerente financeira
da Nucleos. A fundação das estatais nucleares fazia investimentos
numa empresa de gestão de recursos (Arbor) que tinha Christian e a mulher de Murilo, Rogéria, como sócios.
Em julho do ano passado, o petista Neildo de Souza Jorge, membro do Conselho Deliberativo do
Nucleos, acusou Sereno de manipular o fundo. Fabiana seria indicação de Sereno. Ele negou as acusações de manipulação e a informação de que teria recomendado
Fabiana para o fundo.
Disse ainda que as denúncias
feitas por Neildo se deviam ao fato
de ele ter sido demitido por justa
causa da INB (Indústrias Nucleares do Brasil).
"Depois do escândalo iniciado
com as denúncias feitas pelo [deputado cassado] Roberto Jefferson, muitas pessoas que queriam
se defender de determinadas acusações passaram a me atacar",
disse Sereno.
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