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COMISSÃO
Presidente e relator dizem que não há fundamento em provas
Governistas desqualificam
acusações contra prefeito
JOÃO CARLOS SILVA
da Reportagem Local
Em um embate
travado ontem entre oposição e situação na reunião da
comissão especial
que analisa um pedido de impeachment de Celso
Pitta (PTN) na Câmara, vereadores da base governista desqualificaram acusações contra o prefeito
apresentadas por integrantes da
OAB-SP (Ordem dos Advogados
do Brasil).
Para Wadih Mutran (PPB), presidente da comissão, e Brasil Vita
(PPB), o relator, o argumento da
oposição de que há provas testemunhais do envolvimento do
prefeito na nomeação de funcionários fantasmas na Anhembi
não tem fundamento.
A acusação de improbidade administrativa é baseada em depoimentos de Nicéa Pitta, de seu filho, Victor, e do ex-presidente da
Anhembi Ricardo Castelo Branco
ao Ministério Público paulista.
Além desse crime, o prefeito é
acusado de corrupção e de ter
usado o cargo para obter vantagens pessoais. "Essa prova a que
alude o nobre vereador (nomeação de fantasmas) não existe nos
autos", retrucou Vita, sobre a argumentação de Arselino Tatto
(PT), integrante da comissão.
O pepebista, que até a semana
passada era líder do prefeito na
Câmara, também descartou a
possibilidade de reconhecer o depoimento de Nicéa como prova.
"Até agora ela não provou nada."
"Este vereador sofreu várias denúncias. Quero dizer que não
posso acreditar em uma informação que vem da imprensa, pois as
denúncias contra mim não eram
verdadeiras", disse Wadih Mutran em defesa de Pitta.
Os governistas também descartaram a possibilidade de as condenações de Pitta na Justiça influenciarem seus votos contra o
prefeito. "Nenhuma delas transitou em julgado", disse Vita.
Vereadores que apóiam Pitta
também consideraram fraca a denúncia do envolvimento de Pitta
na chamada máfia dos fiscais. "As
investigações já terminaram (na
Câmara) e não surgiu o nome do
prefeito", disse o relator.
Com esse cenário pró-Pitta, a
comissão especial deve decidir
entre hoje e amanhã o futuro do
prefeito. A decisão deverá ser tomada a partir de um parecer de
Vita. A comissão tem sete integrantes de seis partidos.
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