São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2000


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COMISSÃO
Presidente e relator dizem que não há fundamento em provas
Governistas desqualificam acusações contra prefeito

JOÃO CARLOS SILVA
da Reportagem Local


Em um embate travado ontem entre oposição e situação na reunião da comissão especial que analisa um pedido de impeachment de Celso Pitta (PTN) na Câmara, vereadores da base governista desqualificaram acusações contra o prefeito apresentadas por integrantes da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil).
Para Wadih Mutran (PPB), presidente da comissão, e Brasil Vita (PPB), o relator, o argumento da oposição de que há provas testemunhais do envolvimento do prefeito na nomeação de funcionários fantasmas na Anhembi não tem fundamento.
A acusação de improbidade administrativa é baseada em depoimentos de Nicéa Pitta, de seu filho, Victor, e do ex-presidente da Anhembi Ricardo Castelo Branco ao Ministério Público paulista.
Além desse crime, o prefeito é acusado de corrupção e de ter usado o cargo para obter vantagens pessoais. "Essa prova a que alude o nobre vereador (nomeação de fantasmas) não existe nos autos", retrucou Vita, sobre a argumentação de Arselino Tatto (PT), integrante da comissão.
O pepebista, que até a semana passada era líder do prefeito na Câmara, também descartou a possibilidade de reconhecer o depoimento de Nicéa como prova. "Até agora ela não provou nada."
"Este vereador sofreu várias denúncias. Quero dizer que não posso acreditar em uma informação que vem da imprensa, pois as denúncias contra mim não eram verdadeiras", disse Wadih Mutran em defesa de Pitta.
Os governistas também descartaram a possibilidade de as condenações de Pitta na Justiça influenciarem seus votos contra o prefeito. "Nenhuma delas transitou em julgado", disse Vita.
Vereadores que apóiam Pitta também consideraram fraca a denúncia do envolvimento de Pitta na chamada máfia dos fiscais. "As investigações já terminaram (na Câmara) e não surgiu o nome do prefeito", disse o relator.
Com esse cenário pró-Pitta, a comissão especial deve decidir entre hoje e amanhã o futuro do prefeito. A decisão deverá ser tomada a partir de um parecer de Vita. A comissão tem sete integrantes de seis partidos.


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