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INVESTIGAÇÃO
Grupo citado por americanos tem US$ 750 bi para investimentos e já atua em três capitais brasileiras
Empresas reclamam de lentidão em SP
da Sucursal do Rio
Para conseguirem autorização
da Prefeitura de São Paulo para
instalar redes subterrâneas de fibras óticas na cidade, as empresas
de telecomunicações esperam até
cinco meses, numa verdadeira
via-crúcis burocrática.
Segundo informação das empresas, os projetos ficam até três
meses no Convias (departamento
da Secretaria de Vias Públicas)
para serem analisados, onde apenas três funcionários cuidariam
de uma pilha de cerca de 1.000
processos.
Depois da aprovação no Convias, as empresas dependem de
um segunda autorização, desta
vez, da administração regional da
área onde serão feitas as obras. Na
administração regional, a aprovação leva mais 30 ou 60 dias.
A MetroRED obteve autorização da Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações, que regulamenta e fiscaliza o mercado), em
maio de 98, para oferecer serviços
de telecomunicações aos chamados clientes corporativos, ou seja,
às empresas. A autorização é distribuída gratuitamente pelo governo, como forma de incentivar
a competição e a oferta de serviços.
Imediatamente após obter a licença, a MetroRed entrou com
pedidos de autorização nas prefeituras. No Rio, segundo informação de funcionários, os processos são autorizados em até sete
dias e a prefeitura carioca não cobra pela autorização.
Em São Paulo, é cobrado IPTU
pelo uso do subsolo, além de uma
taxa pela licença. O problema, segundo as empresas, não estaria
no custo financeiro da licença,
mas na demora da aprovação que
atrasa os planos de expansão das
redes.
A MetroRED brasileira tem como acionistas a Fidelity Investments e o Boston Ventures. A Fidelity é a maior administradora
de investimentos do mundo, com
uma carteira de ativos de US$ 750
bilhões. O valor é pouco menos
do que, por exemplo, ao Produto
Interno Bruto brasileira, ou seja, a
soma de tudo que foi produzido
no país em 98 (US$ 776, 9).
lA companhia que atua no Brasil é subsidiária da MetroRED
Holding, dos EUA, que tem como
presidente o argentino Miguel
Lopes. Ele, atualmente, está respondendo também pela direção
da empresa no Brasil. O grupo
tem subsidiárias também na Argentina e no México, além de
atuar em 12 países europeus com
o nome Colt.
A empresa já investiu US$ 150
milhões no Brasil e até o final do
ano prevê investir outros US$ 90
milhões.
Entre os clientes no Brasil estão
empresas que alugam espaço nas
fibras óticas e mais 350 companhias que usam os serviços corporativos, como Intranet e redes
privadas de voz, dados e vídeo.
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