São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2000


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INVESTIGAÇÃO
Grupo citado por americanos tem US$ 750 bi para investimentos e já atua em três capitais brasileiras
Empresas reclamam de lentidão em SP

da Sucursal do Rio

Para conseguirem autorização da Prefeitura de São Paulo para instalar redes subterrâneas de fibras óticas na cidade, as empresas de telecomunicações esperam até cinco meses, numa verdadeira via-crúcis burocrática.
Segundo informação das empresas, os projetos ficam até três meses no Convias (departamento da Secretaria de Vias Públicas) para serem analisados, onde apenas três funcionários cuidariam de uma pilha de cerca de 1.000 processos.
Depois da aprovação no Convias, as empresas dependem de um segunda autorização, desta vez, da administração regional da área onde serão feitas as obras. Na administração regional, a aprovação leva mais 30 ou 60 dias.
A MetroRED obteve autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações, que regulamenta e fiscaliza o mercado), em maio de 98, para oferecer serviços de telecomunicações aos chamados clientes corporativos, ou seja, às empresas. A autorização é distribuída gratuitamente pelo governo, como forma de incentivar a competição e a oferta de serviços.
Imediatamente após obter a licença, a MetroRed entrou com pedidos de autorização nas prefeituras. No Rio, segundo informação de funcionários, os processos são autorizados em até sete dias e a prefeitura carioca não cobra pela autorização.
Em São Paulo, é cobrado IPTU pelo uso do subsolo, além de uma taxa pela licença. O problema, segundo as empresas, não estaria no custo financeiro da licença, mas na demora da aprovação que atrasa os planos de expansão das redes.
A MetroRED brasileira tem como acionistas a Fidelity Investments e o Boston Ventures. A Fidelity é a maior administradora de investimentos do mundo, com uma carteira de ativos de US$ 750 bilhões. O valor é pouco menos do que, por exemplo, ao Produto Interno Bruto brasileira, ou seja, a soma de tudo que foi produzido no país em 98 (US$ 776, 9).
lA companhia que atua no Brasil é subsidiária da MetroRED Holding, dos EUA, que tem como presidente o argentino Miguel Lopes. Ele, atualmente, está respondendo também pela direção da empresa no Brasil. O grupo tem subsidiárias também na Argentina e no México, além de atuar em 12 países europeus com o nome Colt.
A empresa já investiu US$ 150 milhões no Brasil e até o final do ano prevê investir outros US$ 90 milhões.
Entre os clientes no Brasil estão empresas que alugam espaço nas fibras óticas e mais 350 companhias que usam os serviços corporativos, como Intranet e redes privadas de voz, dados e vídeo.


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