especial para a Folha

A Marinha foi proibida de usar aviões por mais de 40 anos, e tem sido cautelosa em fazê-lo agora que não há mais a proibição. A Força está tendo de reaprender aos poucos a usar as chamadas ""aeronaves de asa fixa", pois só podia fazer uso das de ""asa rotatória" (helicópteros).
Há cerca de dois anos foram comprados 23 aviões Skyhawk para uso no ""Minas Gerais". Mas só este mês é que está previsto o primeiro vôo de um aviador naval em um Skyhawk a partir da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ). E não há ainda previsão de quando será feito um vôo no ""Minas".
Isso acontece porque pousar e decolar de um navio no mar é uma das missões mais difíceis na aviação e exige um treinamento rigoroso e demorado, que ainda está sendo feito no caso dos pilotos dos Skyhawk.
Como o ""Foch" tem um convés de vôo maior, seria mais seguro operar a partir dele do que do ""Minas". Os aviões navais decolam com ajuda de catapultas a vapor. Mas para decolar também é preciso que haja algum vento sobre o convés. A maior velocidade do ""Foch" -32 nós (cerca de 60 km/h), contra 20 nós (37 km/h) do ""Minas"- facilita as decolagens.
O porta-aviões brasileiro foi construído entre 1942 e 1945 no Reino Unido e foi reconstruído de 1956 a 1960 na Holanda. Mas trata-se de um navio projetado durante a Segunda Guerra para operar os aviões a hélice da época. O pequeno jato A-4 Skyhawk é o máximo que ele pode utilizar com segurança.
Há vários limites técnicos ao tipo de avião que um navio pode abrigar, como a capacidade dos elevadores que transportam as aeronaves do hangar até o convés de vôo.
Os franceses estão substituindo o ""Foch" pelo porta-aviões ""Charles De Gaulle". O ""Foch" pode operar aviões de até 13 toneladas. O ""De Gaulle" permite aviões de até 25 toneladas. Apesar disso, o ""De Gaulle", com 40.500 toneladas, não é muito maior que o veterano ""Foch", construído em 1963. (RBN)




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