DA SUCURSAL DO RIO

Nos três anos e três meses em que esteve à frente do governo do Rio, o candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, nunca enviou à Assembléia Legislativa do Rio projeto de emenda constitucional para pôr fim ao pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores e ex-vices.
O presidente da Assembléia, deputado Sérgio Cabral Filho (PMDB), disse ontem, em plenário, que o único projeto que existe sobre o assunto é de autoria do deputado Nilton Salomão (PSB). O projeto tramita na Comissão de Emendas Constitucionais e Vetos desde 1997.
"Percebi nos jornais ilações irresponsáveis do assessor do ex-governador, como se esta Casa tivesse sido consultada. Não teria qualquer cabimento. Se cortamos a nossa carne, porque não faríamos isso?", disse Cabral, referindo-se à aprovação de projeto que pôs fim à aposentadoria especial de deputados estaduais.
Na terça-feira, o ex-secretário de Comunicação Social Carlos Henrique Vasconcellos havia dito que Garotinho tentara, sem sucesso, derrubar o dispositivo.
No dia 5 de abril, antes de renunciar, Garotinho mandou que seu secretário de Administração, Hugo Leal, publicasse no Diário Oficial resolução concedendo-lhe a pensão vitalícia. Mesmo com a desistência do ex-governador, a bancada do PT na Assembléia decidiu apresentar ontem uma decreto legislativo anulando o ato do ex-secretário.
Ontem à noite, Garotinho divulgou cópia do documento que enviou à Secretaria de Administração do Rio, pedindo a revogação do ato que lhe concedeu a pensão.



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