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Só crescer não reduz a pobreza e a desigualdade, afirma ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Boa parte do documento elaborado pelo Ministério da Fazenda
cuida de política social. A tese
central do ministro Antonio Palocci Filho é que o crescimento
econômico não resolve sozinho
os problemas da pobreza e da desigualdade do país.
Segundo exercício mencionado
no texto, o Brasil demoraria 25
anos, a um crescimento médio
anual de 3% da renda per capita,
para diminuir a pobreza extrema
de 15% para 5% da população.
A equipe econômica rejeita a alternativa de lançar mão do aumento de gastos sociais para combater a pobreza. O dinheiro aplicado na área social no Brasil seria suficiente, mas mal gasto, conclui.
"Há poucas chances de que
maiores gastos sociais no futuro
tenham impactos significativos
sobre a redução da desigualdade e
da pobreza, caso a política social
no país continue mal focalizada,
beneficiando principalmente os
segmentos não-pobres da população", afirma o documento.
Nesse capítulo, Palocci e sua
equipe recuperam sugestões do
relatório final da transição governamental que a administração
Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu pôr em prática nos cem
primeiros dias de mandato: a
coordenação das políticas sociais
para que elas sejam mais eficazes
e dirigidas aos mais pobres, além
da montagem de um sistema de
avaliação dos impactos dos diferentes programas.
O documento recomenda ainda
políticas educacionais "agressivas". A falta de escolaridade é
apontada como um obstáculo ao
crescimento da economia, além
de mecanismo que perpetua a pobreza. O texto menciona que, entre 17 países analisados, somente
a Guatemala e a Nicarágua tiveram um desempenho pior do que
o do Brasil no que diz respeito ao
aumento dos anos de escolaridade da população.
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