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Fora do cargo, ex-diretor mantém regalias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Afastado em dezembro da diretoria financeira da Infraero
(Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) por
suposto envolvimento em irregularidades -quando nem se
falava da CPI da crise aérea-,
Adenauher Figueira Nunes
mantém sala, salário e nome no
organograma da estatal.
Adenauher tem livre acesso
às dependências da estatal e ao
antigo gabinete, no sexto andar
do edifício da Infraero. O superintendente de Finanças, Joselino Guilherme Araújo, responde como "diretor em exercício",
mas não se transferiu para a sala do antigo superior.
Adenauher tampouco perdeu a gratificação de chefia: o
salário de R$ 18.661,95 será
mantido, segundo a assessoria
da estatal, pelo menos até o término das investigações.
Consultado no final da tarde
de ontem, o endereço eletrônico da Infraero não dava notícia
de nenhuma mudança na diretoria financeira.
Adenauher foi o primeiro caso de dirigente afastado em decorrência da coleção de denúncias na Infraero que animam a
abertura de uma CPI, a que investigaria a crise aérea.
Seu afastamento foi decidido
pelo conselho de administração da Infraero por sugestão da
CGU (Controladoria Geral da
União), onde o funcionário é
investigado em dois processos:
sobre a indicação de uma corretora de seguro vinculada ao escândalo do mensalão e movimentação financeira considerada atípica pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras).
Por meio de seu advogado,
Edison Messias de Almeida,
Adenauher negou variação em
seu patrimônio não explicada
ao fisco ou conduta irregular na
negociação do seguro da Infraero. A Folha não conseguiu
falar com o Adenauher ontem.
(M.S.)
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