São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2007

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Fora do cargo, ex-diretor mantém regalias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Afastado em dezembro da diretoria financeira da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) por suposto envolvimento em irregularidades -quando nem se falava da CPI da crise aérea-, Adenauher Figueira Nunes mantém sala, salário e nome no organograma da estatal.
Adenauher tem livre acesso às dependências da estatal e ao antigo gabinete, no sexto andar do edifício da Infraero. O superintendente de Finanças, Joselino Guilherme Araújo, responde como "diretor em exercício", mas não se transferiu para a sala do antigo superior.
Adenauher tampouco perdeu a gratificação de chefia: o salário de R$ 18.661,95 será mantido, segundo a assessoria da estatal, pelo menos até o término das investigações.
Consultado no final da tarde de ontem, o endereço eletrônico da Infraero não dava notícia de nenhuma mudança na diretoria financeira.
Adenauher foi o primeiro caso de dirigente afastado em decorrência da coleção de denúncias na Infraero que animam a abertura de uma CPI, a que investigaria a crise aérea.
Seu afastamento foi decidido pelo conselho de administração da Infraero por sugestão da CGU (Controladoria Geral da União), onde o funcionário é investigado em dois processos: sobre a indicação de uma corretora de seguro vinculada ao escândalo do mensalão e movimentação financeira considerada atípica pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Por meio de seu advogado, Edison Messias de Almeida, Adenauher negou variação em seu patrimônio não explicada ao fisco ou conduta irregular na negociação do seguro da Infraero. A Folha não conseguiu falar com o Adenauher ontem.
(M.S.)


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