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Calor, lotação, musas e tecnologia marcam evento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O lançamento da candidatura de José Serra à Presidência
foi um teste para o tucano que
enfrentou tumulto e um forte
calor num auditório preparado
para receber 2.000 pessoas,
mas que reuniu o dobro, segundo a organização.
O jingle "Serra do bem", resgatado da campanha de 2004
para prefeito, foi lançado no final do evento. Dezenas de computadores foram espalhados
pelo centro de convenções.
Quatro telões mostravam clipes dos Estados brasileiros, enquanto prefeitos e autoridades
de todos os Estados acomodavam-se em mesas redondas um
andar abaixo.
Políticos de vários partidos
compareceram, inclusive dissidentes da base do governo. Entre eles, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ). A grande estrela, além de Serra, foi o ex-governador de Minas Aécio Neves, cotado para vice.
A mestre de cerimônia do
evento, Ana Hickmann, apresentadora do programa "Tudo
é possível", na TV Record, disputou os olhares com Sabrina
Sato, do "Pânico", da Rede TV.
Sabrina ganhou um beijo de
Serra assim que ele entrou no
auditório onde fez seu discurso
de uma hora. Entre as estrelas,
também estava Graça Aranha,
do programa "Altas Horas",
que cantou o Hino Nacional.
Uma outra mulher, porém,
estava decepcionada: a prefeita
de Lagoa do Carro (PE), Judite
Silva, que fora convidada na
véspera pelo próprio presidente do PSDB, senador Sérgio
Guerra, também pernambucano, para discursar ficou de fora.
Ao chegar, Serra preocupou-se com a segurança do palanque, lotado de políticos, que
chegaram a trocar empurrões
com seguranças.
Na tentativa de diminuir o
peso, Serra e o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso
desceram do palanque. Serra
estava sério, quase sisudo.
FHC, na saída, chegou a parar,
sentar e "tuitar" para a Folha:
"O entusiasmo é grande. Agora
é trabalhar e vencer".
Na entrada, a festa foi animada com o grupo Filhos de
Gandhy, da Bahia, que declarou apoio ao tucano e distribuiu fitinhas do senhor do
Bonfim e colares.
No termômetro dos aplausos, Serra e Aécio Neves foram
os mais aclamados. FHC também foi bastante aplaudido e
chorou discretamente sua mulher, Ruth Cardoso, morta em
2008, foi citada por Serra.
O ex-governador iniciou o
discurso pedindo um minuto
de silêncio em homenagem aos
mortos pelas chuvas no Rio de
Janeiro. No final do evento,
frustou os militantes ao deixar
o prédio pela garagem, enquanto Aécio deixou-se fotografar.
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