São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

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Calor, lotação, musas e tecnologia marcam evento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O lançamento da candidatura de José Serra à Presidência foi um teste para o tucano que enfrentou tumulto e um forte calor num auditório preparado para receber 2.000 pessoas, mas que reuniu o dobro, segundo a organização.
O jingle "Serra do bem", resgatado da campanha de 2004 para prefeito, foi lançado no final do evento. Dezenas de computadores foram espalhados pelo centro de convenções. Quatro telões mostravam clipes dos Estados brasileiros, enquanto prefeitos e autoridades de todos os Estados acomodavam-se em mesas redondas um andar abaixo.
Políticos de vários partidos compareceram, inclusive dissidentes da base do governo. Entre eles, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ). A grande estrela, além de Serra, foi o ex-governador de Minas Aécio Neves, cotado para vice.
A mestre de cerimônia do evento, Ana Hickmann, apresentadora do programa "Tudo é possível", na TV Record, disputou os olhares com Sabrina Sato, do "Pânico", da Rede TV.
Sabrina ganhou um beijo de Serra assim que ele entrou no auditório onde fez seu discurso de uma hora. Entre as estrelas, também estava Graça Aranha, do programa "Altas Horas", que cantou o Hino Nacional.
Uma outra mulher, porém, estava decepcionada: a prefeita de Lagoa do Carro (PE), Judite Silva, que fora convidada na véspera pelo próprio presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, também pernambucano, para discursar ficou de fora.
Ao chegar, Serra preocupou-se com a segurança do palanque, lotado de políticos, que chegaram a trocar empurrões com seguranças.
Na tentativa de diminuir o peso, Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso desceram do palanque. Serra estava sério, quase sisudo. FHC, na saída, chegou a parar, sentar e "tuitar" para a Folha: "O entusiasmo é grande. Agora é trabalhar e vencer".
Na entrada, a festa foi animada com o grupo Filhos de Gandhy, da Bahia, que declarou apoio ao tucano e distribuiu fitinhas do senhor do Bonfim e colares.
No termômetro dos aplausos, Serra e Aécio Neves foram os mais aclamados. FHC também foi bastante aplaudido e chorou discretamente sua mulher, Ruth Cardoso, morta em 2008, foi citada por Serra.
O ex-governador iniciou o discurso pedindo um minuto de silêncio em homenagem aos mortos pelas chuvas no Rio de Janeiro. No final do evento, frustou os militantes ao deixar o prédio pela garagem, enquanto Aécio deixou-se fotografar.


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